domingo, 8 de junho de 2008

Senadora “friendly”

Durante o discurso de apoio da senadora Hillary Clinton para que o senador Barack Obama seja eleito presidente dos Estados Unidos, ela mencionou os grupos que a apoiaram e lembrou-se dos homossexuais, dizendo que, "mulheres e homens, jovens e idosos, brancos e negros, ricos e pobres, gays e heterossexuais. Vocês lutaram junto comigo, e por isso digo que vou continuar firme ao lado de vocês. Felizmente, eu tive oportunidades em minha vida, e quero o mesmo para todos os americanos. Até esse dia chegar, vocês certamente me verão na linha de frente da democracia. Eu não vou desistir", afirmou. Partidários ovacionaram Hillary Clinton durante todo discurso, especialmente nesta parte.

Seis por meia dúzia

Tanto para se discutir, tanto para deliberar e o movimento gay do Brasil se perde em questões de semântica. Foi o que aconteceu no segundo dia da I Conferência GLBT. Segundo divulgou a imprensa nacional, em clima beligerante, o plenário decidiu que a partir de agora passa a haver uma inversão de letras e o termo que designa a comunidade será LGBT. Como sempre, virou um pandemônio, porque nem as lésbicas estão na totalidade de acordo com a proposição. Travestis aproveitaram o carnaval armado e também reivindicaram que, se adotado o critério de exclusão, o T deveria encabeçar a sigla. Venceu a justificativa de que internacionalmente (isso mesmo, você leu direito ‘internacionalmente’) o L vem na frente. A votação durou mais de uma hora e teve resultado final de 190 a 160. Ao final, venceu a burrice

Olho vivo

Numa decisão inédita, o Ministério Público Federal se tocou que existe algo de errado no Exército brasileiro e quer investigar casos de homofobia lá existente. Não é de hoje que essas histórias pipocam, ou não, por diversas razões. O anúncio foi feito pelo Procurador Geral da República do Estado de São Paulo, Sergio Gardenghi Suiama, durante uma das mesas de debate na I Conferência Nacional GLBT. Disse ele, "a nossa intenção é pesquisar os inquéritos e ações penais pelo crime de 'pederastia' previsto no código penal militar", revelou Suiama em entrevista exclusiva ao site A Capa.

O procurador explicou que pesquisando, observou que concretamente a redação que estabelece ser crime fazer sexo dentro do quartel.

“O que queremos examinar é se há um tratamento igualitário quando o sexo é entre um soldado e uma moça e se quando é o caso entre dois soldados ou membros das Forças Armadas", afirmou o procurador. De acordo com Suiama, no caso de o tratamento entre héteros e homos ser desigual, "o MP vai instar o Estado brasileiro a adotar medidas específicas para compensar essas diferenças no tratamento. Existe essa discriminação nas forças armadas".

O procurador apontou a Educação para a diversidade sexual como uma das medidas a serem aplicadas. Segundo ele, a hipótese que permeia a pesquisa é que no caso de sexo heterosexual, a medida punitiva é tratada "como crime de bagatela". Quando são dois homens é tratado como uma situação "realmente grave". "Graças a este tipo de pesquisa que o movimento negro conseguiu a adoção de ações afirmativas. Mostraram que há desigualdade entre brancos e negros, é isso que nós queremos fazer em relação aos GLBTs dentro exército", sentenciou o procurador.

Entidades discutem a garantia de direito dos homossexuais na América Latina e Caribe

Encontro em Brasília do Grupo de Cooperação Técnica Horizontal em HIV/Aids (GCTH – instância que congrega chefes de programas de aids da América Latina e Caribe) que resulta em propostas, como envolver mais a Justiça dos países, vai lançar, durante a I Conferência Nacional LGBTT, documento “Direitos Humanos, Saúde e HIV – Guia de Ações Estratégicas para Prevenir e Combater a Discriminação por Orientação Sexual e Identidade de Gênero”, nas versões português e inglês. Em julho de 2006, o GCTH, o CICT e o UNAIDS organizaram uma oficina regional que resultou no documento “Direitos Humanos, Saúde e HIV – Guia de Ações Estratégicas para Prevenir e Combater a Discriminação por Orientação Sexual e Identidade de Gênero”, um marco para orientar as ações dos países nesse tema (o documento em espanhol está disponível em HTTP://www.cict-aids.org/uploads/3_Guia.pdf). O documento é resultado também de encontros técnicos que vêm sendo realizados na região para facilitar aos países o desenvolvimento de ações de enfrentamento da discriminação por orientação sexual e identidade de gênero.

Orientação e identidade de gênero

O setor da Saúde deve aliar-se aos da Justiça e da Educação para enfrentar a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero. É o que propõem, entre outras iniciativas, o Grupo de Cooperação Técnica Horizontal em HIV/Aids (GCTH – instância que congrega chefes de programas de Aids da América Latina e Caribe), o Centro Internacional de Cooperação Técnica em HIV/Aids (CICT), representantes da sociedade civil de países latino-americanos e do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), reunidos em Brasília nos dias 3 e 4 de junho durante a Oficina para o Desenvolvimento de um Plano Estratégico de Ações para Prevenir e Combater a Discriminação por Orientação Sexual e Identidade de Gênero na América Latina.

O objetivo da oficina foi o de traçar metas e definir uma agenda de enfrentamento da homo-lesbo-transfobia na América Latina. O encontro, iniciativa conjunta do GCTH, do CICT e do UNAIDS, reuniu mais de 25 participantes de diversos países latino-americanos e resultou em um plano que prevê ações, as quais contemplam desde o envolvimento da Justiça para o estabelecimento de marcos legais (onde eles não existem) e a devida implementação deles (onde já existem) até o apoio da sociedade civil e dos meios de comunicação às paradas do Orgulho Gay no subcontinente.

A discriminação por orientação sexual e identidade de gênero contra gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais (também conhecida como homo-lesbo-transfobia) tem sido um dos principais entraves ao enfrentamento da epidemia de HIV/aids, segundo o UNAIDS.

Avanços no setor

Para José Luís Sebastián Mesones, secretário executivo do GCTH, “esse evento foi uma excelente oportunidade para conversar com representantes das organizações que trabalham com diversidade e direitos humanos e estabelecer com elas um plano para fortalecer a luta contra a homofobia”, para quem “é importante garantir que as pessoas recebam uma adequada atenção à saúde”. Mesones considerou a reunião “muito produtiva e positiva”, embora admita que possa haver diferenças entre os países na implementação do plano resultante dos debates. “Os países precisam incorporar essa agenda”, defende Carlos Passarelli, diretor do CICT. Segundo ele, “esse grupo pode apoiar os países e incluir essa agenda nos projetos do Fundo Global em execução nos países”.

O Coordenador do UNAIDS no Brasil, Pedro Chequer, acredita que “o plano estratégico ora consensuado representa importante etapa na implementação de ações efetivas no combate à homolesbotransfobia, fator que contribui de modo importante no aumento da vulnerabilidade a infecção pelo HIV”. Presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Travestis (ABGLT), Toni Reis considera a iniciativa “fundamental na América Latina” porque, segundo ele, “a epidemia de aids junto à comunidade gay, de homens que fazem sexo com homens e travestis não recebe a atenção devida por parte dos governos nacionais”.

Para a maioria dos participantes da oficina, tem havido avanços importantes nos países latino-americanos com relação à homo-lesbo-transfobia. No entanto, para que a região possa atingir a meta de acesso universal à prevenção, ao tratamento, à atenção e ao cuidado do HIV até 2010, os países necessitam de apoio técnico e político para a implementação de agenda regional de resposta à epidemia, na qual constem ações específicas de combate à homofobia.

“Gerente da Diversidade Sexual recebe ‘diárias’ e ‘passagens’, e não comparece na conferência GLBT”

A denúncia foi feita pelo Grupo Gay de Alagoas. Em nota, eles manifestaram que as entidades de defesa dos direitos de gays, lésbicas, travestis, transexuais e bissexuais estão indignadas com a postura irresponsável do Gerente do Núcleo de Diversidade Sexual da Secretaria da Mulher, Cidadania e Direitos, Otávio Oliveira, que pelo segundo dia consecutivo não compareceu a I Conferência Nacional de Políticas para GLBT.

A suspeita é o seguinte. Durante a Conferência, acontece também o Congresso Nacional do PSB - Partido Socialista Brasileiro. Ele e a vereadora Tereza Nelma (uma das delegadas eleitas durante a Conferência estadual) são filiados ao partido. Otávio Oliveira recebeu diárias e passagens aéreas para participar do evento e, segundo a liderança do GGAL, até o segundo dia do evento não comparecido e nem deu nenhuma satisfação ao grupo de delegados e observadores de Alagoas, que deveria ser coordenado por ele. Segundo Teddy Marques, presidente do Grupo Gay de Alagoas, o comportamento do coordenador é “uma vergonha para o Governo Teotônio Vilela. Esperamos providências imediatas por parte da Secretária Wedna Miranda, que não pode ser conivente com essa situação”, declarou.

Nazismo, nova versão

Era comum, durante o governo de Hitler a confecção de manuais diferenciado as pessoas uma das outras, tentando estabelecer uma pureza de raça. Mais de cinqüenta anos depois desse que foi, na era Moderna, uma das mais hediondas formas de governar, a edição deste mês da revista VIP, voltada para o público masculino heterossexual, traz na seção "Preliminares" um guia para, que mais ou menos reproduz esse comportamento criminoso dos nazistas. Na reportagem intitulada "não marcar gol contra", os editores usaram a imagem da travesti Andréia Albertini, do caso Ronaldo Fenômeno, para ilustrar as diferenças entre uma travesti e uma mulher. No sub título está escrito "Gostamos do Ronaldo Fenômeno. E manifestamos nosso apoio com este guia para que ele reconheça um (sic) travesti na hora e nunca mais saia com algum por engano" o guia apresenta "dicas" como, por exemplo, "braçada. ombros largos e braços longos? Perigo!". Alguém duvida que Ronaldo (fenômeno) se enganou? Mas, as aberrações não param por ai. A matéria faz ainda um alerta, para o vocabulário: expressões como "to passada", "trava", "que luxo", "babado" e "saiu voada" são muito suspeitas.

Direitos humanos e diversidade sexual - por Paulo Vannuchi

A Conferência Nacional de GLBT é um marco histórico. É a primeira do gênero no mundo organizada por iniciativa governamental Hoje, o Brasil dá um novo passo na consolidação da democracia e dos direitos humanos no país. A Conferência Nacional de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais, que acontece hoje, em Brasília, é um marco histórico. Convocada por meio de decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assinado no dia 28/11/07, é a primeira do gênero no mundo organizada por iniciativa governamental. O país -que já promove em São Paulo a maior de todas as paradas do orgulho GLBT, com participação estimada de 3 milhões de pessoas em 2007 e 2008- coloca-se na vanguarda da discussão do combate ao preconceito e à discriminação sexual. A exemplo das demais conferências promovidas pelo governo federal com movimentos da juventude, de mulheres, ambientalistas ou profissionais da saúde, o objetivo da Conferência Nacional de GLBT é estabelecer um pacto democrático para a definição de políticas públicas voltadas à população GLBT. Por um lado, contribui com a mobilização de um setor social freqüentemente ignorado pelas autoridades. De outro, permite a participação desse setor na formulação de políticas encaminhadas pelo governo federal. Elas estarão consolidadas no Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais. Dessa forma, o governo do presidente Lula reafirma seu compromisso de tratar a questão dos direitos humanos como política de Estado. Se o movimento GLBT avançou muito nos últimos anos, não se pode negar que a sociedade brasileira é ainda tisnada pela violência e pelo desrespeito aos direitos humanos por motivo de orientação sexual ou identidade de gênero. Estudos feitos pelo Grupo Gay da Bahia, com base no noticiário da imprensa, afirmam que, entre 1980 e 2006, 2.745 brasileiros da comunidade GLBT foram assassinados no país -dos quais 67% gays, 30% travestis e transexuais e 3% lésbicas. São números aquém da realidade, já que se baseiam exclusivamente no registro jornalístico. Estima-se que, a cada três dias, um cidadão GLBT seja assassinado no Brasil. Um Estado democrático de Direito não pode aceitar práticas sociais e institucionais que criminalizem, estigmatizem ou marginalizem cidadãos por motivos de sexo, orientação sexual ou identidade de gênero. Observada a idade adulta e o consenso, não há fundamento legal que coíba as práticas relativas ao livre exercício da sexualidade. Qualquer restrição nesse sentido fere o direito de ir e vir, a liberdade de expressão e de associação, a autonomia e a dignidade dessas pessoas e compromete seu acesso à saúde, ao trabalho, à educação, ao emprego e ao lazer. Ainda que a Constituição de 1988 tenha consagrado os princípios da dignidade da pessoa humana, da não-discriminação e da igualdade, até hoje nenhuma lei infraconstitucional voltada para a promoção da cidadania de GLBT foi aprovada no Congresso -como a existente contra o preconceito racial, por exemplo. O projeto de lei 1.151/95, que disciplina a união civil entre pessoas do mesmo sexo, de autoria da ex-deputada federal Marta Suplicy, tramita há 13 anos na Casa. Tal lacuna no nosso ordenamento legal abre espaço para a aplicação de normas provavelmente inconstitucionais, como o artigo 235 do Código Penal Militar, que ainda trata como crime a prática sexual entre militares. A Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República coordena, desde 2004, ainda na gestão Nilmário Miranda, o Programa Brasil Sem Homofobia, com políticas voltadas para o fortalecimento de ONGs e instituições públicas de cidadania GLBT. Entre suas ações está a criação de 44 centros de referência em direitos humanos na prevenção e no combate à homofobia, envolvendo nove núcleos de pesquisa sobre a população GLBT em universidades federais e 28 projetos de capacitação. Os centros dão assistência psicológica, social e jurídica às vítimas de discriminação, exclusão ou violência homofóbica. A conferência de hoje terá a participação de 600 delegados escolhidos nas conferências estaduais e municipais, ocorridas em todas as unidades da Federação, das quais participaram cerca de 10 mil pessoas. Tendo por tema 'Direitos Humanos e Políticas Públicas: O Caminho para Garantir a Cidadania de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais', vai propor as diretrizes e definir a estratégia de ação do movimento, em articulação com o poder público. A diversidade sexual é um direito vinculado à autonomia e à liberdade de expressão, valores de nossa Constituição. Garanti-la é avançar na construção de uma sociedade mais justa, tolerante e solidária.

domingo, 1 de junho de 2008

Panorama gay do Brasil e do Mundo

A semana encerou com três fatos que mobilizaram a opinião pública. O nadador australiano Matchew Mitcham, 20a, assumiu sua homossexualidade, antes de disputar na categoria salto de trampolim nas olimpíadas de Pequim. Paulo Coelho (tipo, o mago) ventilou para seu biógrafo que, em toda a sua vida, teve apenas três relações homossexuais. A Igreja Cristã Metropolitana (ICM) realizou uma celebração inédita no país: um casamento coletivo gay.

A atitude de Mitcham deixou muita gente surpresa por lá, sobretudo pela ousadia. Por um motivo óbvio, os desportistas têm dificuldades de assumirem a sua homossexualidade enquanto está na ativa, por medo de perderem oportunidades e publicidades. Segundo a revista OutSports, na última olimpíada, de Atenas, contabilizou-se 11 atletas assumidamente gay.

Sobre Paulo Coelho, a declaração do seu biógrafo, o jornalista Fernando de Morais, foi publicada na coluna da Mônica Bergamo, no jornal Folha de São Paulo. Segundo Morais, o escritor Paulo Coelho disse que nas três relações homossexuais que teve somente uma delas foi com começo, meio e fim. Quem sabe se essas não foram as únicas tentativas de uma vida sexual ativa do mago e escritor bruxo.

O auditório do Sindicato dos Químicos e Plásticos de São Paulo transformou-se em um altar religioso, com direito a tapete vermelho, padrinhos e noivos e noivas, um palco para a celebração de casamento coletivo gay promovido pela Igreja Cristã. Apenas três casais homossexuais: dois formados por mulheres e um por homens casaram, mas a ousadia já vale.

Então. O movimento gay e a capacidade que ele tem de se transformar em fato jornalístico continua expressivo e atuante. Tudo vale; o beijo de Bernadinho e Carlão, os travestis namorados de Ronaldinho (fenômeno), a Parada do Orgulho Gay de Sampa, desde que a notícia sejamos nós. A lista de fatos é enorme.

Mas, você não sente falta de um pouco de militância? Parece que esta foi deixada de lado. Não dá essa sensação?

UNAIDS e Brasil

O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS) e o governo do Brasil assinaram acordo para dar seguimento ao fortalecimento de cooperação técnica em AIDS. A parceria, segundo o Portal Aids, visa fornecer apoio técnico a países em desenvolvimento e favorecer a ampliação das respostas nacionais à AIDS, por meio do Centro Internacional para Cooperação Técnica em HIV/Aids (CICT). O acordo foi assinado no dia 21 de maio.

O Brasil, desde 2005, com apoio da UNAIDS, fundou o Centro Internacional de Cooperação Técnica em HIV/Aids (CICT). O órgão, desde então, tem exercido um papel de liderança na promoção de cooperação técnica em AIDS e estabeleceu uma rede de organização de serviços em AIDS com especialistas disponíveis para os países em desenvolvimento, visando ao fortalecimento das respostas nacionais. O Centro também gerenciou diversos programas regionais e internacionais de treinamento para capacitação em países de média e baixa renda, programas que vão desde direitos humanos até o manejo clínico da infecção pelo HIV.

O trabalho do CICT baseia-se no princípio da horizontalidade, que reconhece a existência de consideráveis variações entre os países em termos de perfil epidemiológico, resposta nacional, organização dos serviços sanitários e sociais, cultura, sistemas legais e políticos, além dos níveis de desenvolvimento econômico, social e tecnológico. Os projetos são elaborados conjuntamente com os países e adequados às necessidades e recursos específicos de cada um.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Estado de Nova York é pró casamentos

De acordo com a agência de notícias EFE, o governador de Nova York, David Paterson, ordenou que sejam feitas as mudanças necessárias na lei estadual para que casamentos homossexuais realizados em outros lugares sejam reconhecidos no estado. Isso já adianta muito na questão da igualdade de direitos. A mais famosa cidade americana, apesar de os homossexuais não poderem se casar lá, não só as uniões civis feitas em outros lugares do mundo terão seus direitos reconhecidos no estado, mas inclusive os derivados de contratos de seguros e coberturas médicas.

A notícia foi divulgada um dia depois de a imprensa americana informar que os condados da Califórnia estão autorizados a expedir documentos para casamentos homossexuais a partir do dia 17 de junho.

"Sabemos que nossa tarefa está incompleta e continuaremos tentando até que as pessoas que se gostam e querem se casar tenham essa oportunidade", afirmou Paterson.

A GRANDE ATRAÇÃO DA CIDADE, NESTE FINDE

domingo, 25 de maio de 2008

EDITORAIL

Consciência de açougueiro

A comissão organizadora da Parada do Orgulho Gay de São Paulo tomou algumas providências, mas na essência mesmo o evento serve para a grande maioria dos participantes de cenário para práticas sexuais, excesso de exposição e uma busca por um espírito de liberdade que muitos não gozam nas suas cidades de origem. Os excessos são sempre visíveis e o primeiro e mais expressivo foi a morte de Lucas Cerqueira de França, 24 anos, encontrado morto na piscina do Hotel Mercure, no Bairro dos Jardins, zona nobre da capital paulista. Depois de duas festas e vários êxtases, os garotos (três) foram encerrar a maratona de sexo, drogas e muito pancadão no hotel. Para eles, a festa acabou ali. Um foi para o cemitério e os outros dois para a polícia, se explicar. Foram encontrados maconha, bebidas alcoólicas e os comprimidos que têm feito a alegria de gays desavisados, o êxtase.

O que era para ser uma manifestação política, alguns gays aproveita para se exporem de maneira pejorativa, reforçando o preconceito que diz que todo gay é inconseqüente, umas porras louquinhas. E esse não será o único caso. Ano passado, depois da Parada, a cidade presenciou uma série de atentados contra os homossexuais que prestigiaram o evento. O que mais se destacou foi o assassinato de um turista francês na Alameda Franca (lembra?).

Para o hotel, de alto padrão, a imagem que ficou foi negativa. Para os organizadores, vai sobrar um ano inteiro de convencimento para as empresas paulistas voltarem a investir no evento. Ainda bem, que nessas horas, o poder aquisitivo das bee... fala mais alto.

Ministério da Cultura abre concursos voltados para o público GLBT.

A concorrência destina-se exclusivamente às entidades jurídicas, sem fins lucrativos, e que tenham, no mínimo, seis meses de atuação nas comunidades GLBT. Os editais foram lançados na data em que se comemora o Dia Mundial de Combate à Homofobia, celebrado dia 17 de maio Um é para o Concurso de Apoio às Paradas de Orgulho GLBT nas cidades em que o movimento ainda não existe e deve contemplar um projeto em cada estado e no Distrito Federal.

O outro é para o Prêmio Cultural GLBT 2008 e deve financiar, com verba de até R$ 9 mil, 104 iniciativas valorização da cultura gay.

Tanto o Prêmio Cultural quanto o Concurso de Apoio às Paradas GLBT serão financiados com recursos do Fundo Nacional de Cultura, na Ação Fomento de Projetos de Combate à Homofobia.

Cultura

Nós procuramos saber mais a respeito do Prêmio Cultura GLBT 2008. De acordo com o Portal da Cultura, o Concurso Público Prêmio Cultural GLBT 2008 (O Diário Oficial da União publicou no dia 16 de maio, (seção 3, páginas 10 a 12), o Edital nº 10) tem como proposta premiar iniciativas exemplares de natureza cultural de afirmação de orientação sexual, identidade de gênero e da cultura de paz.

Segundo a informação, o Edital é uma iniciativa da Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (SID/MinC) e integra o Programa Brasil sem Homofobia da Secretaria Especial de Direitos Humanos.

Os pedidos de inscrição serão efetuados exclusivamente via Internet, na página do Ministério da Cultura (www.cultura.gov.br), no período compreendido entre 10h o dia 19 de maio às 20h do dia 8 de junho (considerando o horário de Brasília).

Mas a inscrição só se efetivará a partir da postagem da documentação solicitada no edital, a qual deverá ser encaminhada por meio dos Correios, via Sedex, para o endereço mencionado no edital.

Quando ouço falar a palavra casamento, pego logo meu talão de cheques

"Quando me falam em casamento gay, eu sempre digo, vamos esquecer a palavra casamento. Dá a impressão errada, é uma palavra que sugere igreja... defendo é a união civil entre pessoas do mesmo sexo, a garantia de que casais gays possam dividir o patrimônio que construíram juntos, como qualquer outro casal. Infelizmente, os EUA estão bem atrasados nessa discussão". A declaração foi dada pelo mais conceituado empresário e criador do mundo da moda, atualmente, o estilista Tom Ford, em entrevista concedida ao Jornal Folha de São Paulo.

Ele veio ao Brasil para lançar a sua marca, Tom Ford Mens Wear, na loja Daslu. Ford vive há 22 anos com o jornalista Richard Buckley, ele declarou o seu voto no candidato Democrata Barack Obama, porque, para Ford, o candidato afro-americano, em sua opinião, parece o homem certo “para os americanos neste momento".

domingo, 18 de maio de 2008

Retorno de Jedi

Estamos de volta, após um período recessivo. Tudo na vida tem uma explicação e o BiVolt!, mais que qualquer um, deve uma explicação aos seus internautas.

Seguinte: o blog é uma experiência acadêmica de inclusão social, através de meios digitais eletrônicos. Ele ganhou esse status, desde que o jornalista Álvaro Brandão (blogueiro) iniciou essa experiência durante o curso de Especialização em Processos Midiáticos e novas formas de Sociabilidade, que é realizado pelo grupo Intermídia, do Curso de Comunicação Social, da Universidade Federal de Alagoas. Isso não é pouca coisa.

Ao final de todo curso de Especialização, o pós-graduando deve escrever uma monografia sobre sua experiência, a qual é submetida a uma banca de professores, para conferir-lhe um valor (nota). Nos últimos dias, estávamos empenhados na elaboração desse texto, fato que contribuiu para nós negligenciássemos as atualizações que promovemos no BiVolt! (aos domingos, às 4ª e 6ª-feiras).

Mas, isso acabou. Monografia entregue resta apenas ajustar as correções que, como certeza, serão proposta pela banca de docentes. Isso está previsto para acontecer no mês de junho. Até lá... Bom. Retornamos com o compromisso de ser um meio de comunicação capaz de transformar os valores e noções de cidadania e permitir novas práticas sociais e culturais baseadas num sentimento de “experiências coletivas”, associadas às redes que só os ambientes digitais possibilitam.

Ong alagoana é finalista em seleção de projetos de apoio internacional

A ONG glbttt de Direitos Humanos e Cidadania Pró-Vida foi selecionada como uma das finalistas do Institut Brazil Foundation (http://www.brazilfoundation.org/portugues.html?id=portugues), com o Projeto Cidadania e Cultura: É um Luxo! O projeto aparece em 7ª colocação, sendo a única proposta de Alagoas selecionada. Para Dino Alves (na foto com Fabíola do Brasil), autor do Projeto e coordenador administrativo da Pró-Vida, só o fato de está entre os finalistas já é uma vitória. “Se DEUS permitir vamos executar o projeto”, afirma!

A Brazil Foundation identifica iniciativas de organizações da sociedade civil brasileira e realiza doações anuais nas áreas de Educação, Saúde, Direitos Humanos, Cidadania (incluindo desenvolvimento local) e Cultura.

De acordo com informações no site IBF, uma comissão do instituto vem à Alagoas conhecer a sede da PRÓ-VIDA, onde na oportunidade será apresentada a equipe de trabalho que tem como responsável o ator Pierre Pelegrine (conhecido por sua personagem Pântala Butterfly) e o fotógrafo Flávio Cansanção (que também é colunista e Produtor).

A Brazil Foundation, estabelecida em Nova York como Public Corporation, é organização sem fins lucrativos. No Brasil, a Fundação é registrada como Associação Brazil Foundation, como uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP). Contribuições à Brazil Foundation são dedutíveis nos Estados Unidos até o limite permitido pela lei americana. Com escritório em Nova York e comitês de voluntários em Boston, Califórnia, Flórida e Washington D.C., a BrazilFoundation capta recursos nos Estados Unidos para investimento social qualificado no Brasil. Saiba mais. No Brasil Com escritório no Rio de Janeiro, a Brazil Foundation, aqui, ela atua aplicando seus recursos em projetos sociais em todas as regiões do país através dos programas de Seleção, Monitoramento e Avaliação, Capacitação, Banco de Projetos e Doação Recomendada. Saiba mais. A fundação tem um Conselho Consultivo que guia suas iniciativas e um Conselho Diretor que acompanha de perto as suas operações e desenvolvimento.

França defende descriminalização universal da homossexualidade

A França pretende defender na ONU (Organização das Nações Unidas), enquanto estiver à frente da Presidência rotativa da UE (União Européia) (no segundo semestre do ano), a "descriminalização universal" da homossexualidade, disse neste sábado a secretária de Estado de Direitos Humanos, Rama Yade.

Por ocasião do Dia Internacional contra a Homofobia, celebrado sábado passado (17), Yade se reuniu com associações que lutam contra as discriminações derivadas da orientação sexual.

A secretária de Estado anunciou aos seus interlocutores que o governo francês agora reconhece "oficialmente" a data, segundo um comunicado do Ministério de Assuntos Exteriores.

Yade também apresentou às associações "o princípio de uma iniciativa européia" que pede a "descriminalização universal da homossexualidade" e que a França pretende levar à Assembléia Geral da ONU no próximo semestre.

Os planos da secretária de Direitos Humanos são de que esta iniciativa seja levada adiante "em estreita colaboração" com as associações de homossexuais.

Além disso, Yade se comprometeu a abordar os casos de homofobia constatados em suas viagens ao exterior, conclui a nota. Segundo dados de diferentes ONGs, a homossexualidade continua sendo um delito em quase 80 países.

Muçulmanos simpatizantes da homossexualidade

De acordo com matéria publicada pelo jornal "The Jakarta Post", a homossexualidade foi criada por Alá e é algo natural, por isso deve ser permitido dentro do islã. A informação é resultado de um estudo feito por um grupo de estudiosos muçulmanos na Indonésia.

Segundo a informação, o grupo afirmou que a rejeição sofrida pelos homossexuais na Indonésia por questões religiosas não faz sentido e se deve, em grande medida, a certas interpretações intolerantes do Corão, informou nesta sexta-feira o jornal local.

O membro da Conferência de Religiões e Paz do país, Siti Musdah Mulia, explicou que o livro sagrado para os muçulmanos diz que é uma bênção que todos os seres humanos sejam iguais, independentemente de sua raça, riqueza, posição social ou inclusive sua orientação sexual. "Aos olhos de Deus, as pessoas são avaliadas em função de sua piedade", e julgá-las é "uma prerrogativa divina", ressaltou.

A editora da revista local "Mata Air", Soffa Ihsan, destacou que é necessário continuar com a "Ijtihad", o processo legal de fazer uma nova interpretação dos textos sagrados para evitar que fiquem ancorados no passado. Que Alá seja eterno

Islandês exibe coleção de pênis. Para que?

O islandês Sigurdur Hjartarson (foto) criou um museu inédito no mundo ocidental. O Museu Falológico, que tem como proposta oferecer aos visitantes uma visão mais detida a respeito do que há de grande e de pequeno em termos do órgão sexual masculino. De acordo com a agência Reuters, o museu reúne 261 órgãos preservados de 90 espécies diferentes. Falta um exemplar da espécie humana.

Segundo informação, a coleção dele começou a ser formada em 1974, com um único pênis de boi que se parece com um chicote de equitação. O maior deles, de uma baleia cachalote, pesa 70 quilos e possui 1,7 m de comprimento. O menor, o osso peniano de um hamster, com apenas 2 milímetros de comprimento, precisa de uma lente de aumento para ser visto.

Os pênis, doados em sua maioria por pescadores, caçadores e biólogos, ficam dentro de jarros de vidro preenchidos com formol. Ou ficam dependurados nas paredes após passarem por um processo de ressecamento, criando uma atmosfera que lembra a de um laboratório misturado com uma sala de troféus.

Hjartarson começou a colecionar os pênis 24 anos atrás, quando trabalhava como administrador de uma escola, nem de longe imaginando que um dia seria dono de um museu dedicado ao assunto.

"Aquilo era apenas um hobby", disse, acrescentando que a coleção ficou relegada ao escritório dele até a criação do museu.

A respeito da ausência de um pênis da espécie humana na coleção do museu, o problema já tem prazo para ser sanado. Um alemão, um norte-americano, um islandês e um britânico prometeram doar seus órgãos genitais quando morrerem, segundo certificados exibidos pelo museu.

domingo, 4 de maio de 2008

A Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais – ABGLT divulgou a seguinte Nota Oficial

Caso das Travestis e Ronaldinho

A Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), organização de abrangência nacional com 203 entidades afins afiliadas em todos os estados brasileiros, cuja missão é: promover a cidadania e defender os direitos de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais, contribuindo para a construção de uma democracia sem quaisquer formas de discriminação, afirmando a livre orientação sexual e identidades de gênero, vem a público se posicionar referente ao caso envolvendo três travestis e o jogador de futebol, Ronaldinho:

Primeiramente, afirmamos que a ABGLT é a favor da apuração rigorosa do ocorrido, sem nenhum tipo de pré-julgamento.

Não obstante, ressaltamos que a prostituição não é crime no Brasil, mas que a discriminação é expressamente vetada, conforme os artigos 3º e 5º da Constituição Federal. Ademais, é um preceito fundamental da Carta Magna que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza.

Os meios de comunicação têm mostrado que as autoridades responsáveis pela investigação do caso envolvendo as três travestis e o Ronaldinho vêm tratando as partes envolvidas de maneira diferenciada, de forma discriminatória, contrariando a Constituição. Por exemplo, exigindo que as travestis deponham na delegacia e dispensando essa providência no caso do jogador.

Por outro lado, determinados setores da mídia também têm atuado de maneira a promover o preconceito contra as travestis, seja descrevendo os fatos de maneira a pré-julgar a culpa das profissionais do sexo, seja tratando-as com o artigo masculino ao se referir às mesmas. Nossa reivindicação é que as travestis sejam respeitadas na sua identidade de gênero, que é feminina, e que sejam identificadas por seus nomes sociais, e não pelos nomes de registro, os quais não se adeqüam à sua identidade de gênero. Infelizmente, a maior parte da mídia não tem observado esse princípio, que faz parte, de um direito humano fundamental, preservando a dignidade das pessoas, que têm o direito de ser tratadas como se reconhecem.

1º de maio de 2008

Toni Reis

Presidente da ABGLT

Brasil sedia 1ª conferência sobre aids em presídios da América Latina e Caribe

Segundo o Portal Aids, do Ministério da Saúde, especialistas de 20 países estarão reunidos em São Paulo, entre 5 e 7 de maio, Hotel Golden Tulip, Alameda Santos, 85, Jardins, para discutir a implementação de políticas e acordos de cooperação técnica nas áreas de prevenção, atenção e tratamento da Aids em presídios. Eles participam da 1ª Conferência Regional da América Latina e Caribe sobre HIV e Aids no Sistema Penitenciário.

De acordo com a assessoria, participarão do encontro científico representantes de organismos de governo e da sociedade civil da Argentina, Belize, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Equador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela, além de organizações internacionais relacionadas ao tema.

Na Conferência, será elaborado um documento que servirá de referência para os países realizarem consultas nacionais sobre o tema. A proposta de sediar o evento foi uma sugestão do Programa Nacional de DST e Aids do Brasil, durante reunião ocorrida em abril de 2007, em Buenos Aires.

O encontro também irá estabelecer agendas intersetoriais entre as áreas de Justiça e Saúde, priorizando os direitos humanos, acesso universal à prevenção, atenção e tratamento ao HIV e estratégias de apoio à população penitenciária. Outro resultado esperado é que a sociedade civil desempenhe um papel cada vez mais ativo na formulação e execução de políticas relacionadas à doença nas prisões.

De acordo com estimativa do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV e Aids (UNAIDS), a prevalência da aids entre pessoas privadas de liberdade é mais alta que entre a população em geral, que não cumpre pena. Nos países onde a maior freqüência de transmissão do HIV é por via sexual, o índice de infecção pelo vírus nas cadeias chega a ser duas vezes maior do que na população em liberdade.

As condições de confinamento, de assistência inadequada e a falta de perspectivas são fatores que aumentam a vulnerabilidade dessas pessoas ao HIV/aids e outras doenças sexualmente transmissíveis. Nas prisões, são fatores adicionais de risco o compartilhamento de material usado em tatuagens, piercings e lâminas de barbear, além da esterilização inadequada ou reutilização de instrumentos médicos ou odontológicos. Em todo o mundo, estima-se que mais de 10 milhões de pessoas cumprem pena em prisões.

De acordo com o Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN), do Ministério da Justiça, o Brasil tem 420 mil pessoas presas, mas não há dados gerais sobre o número de detentos infectados pelo HIV. Porém, considerando todos os fatores de vulnerabilidade à saúde da população carcerária, os ministérios da Justiça e da Saúde instituíram, em 2003, o Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário, com o objetivo de organizar o acesso dessa população ao Sistema Único de Saúde (SUS).

A Conferência é uma parceria entre os ministérios da Saúde e da Justiça, Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores, o Grupo de Cooperação Técnica Horizontal sobre HIV e Aids para América Latina e Caribe (GCTH), o Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC), o UNAIDS, o Instituto Latino-Americano das Nações Unidas para Prevenção do Delito e Tratamento do Delinqüente (ILANUD), o Centro Internacional de Cooperação Técnica em HIV e Aids (CICT), a Agência de Cooperação Alemã (GTZ) e o Departamento Britânico para o Desenvolvimento Internacional (DFID).

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Nossa menina em Brasília

Dino Alves, diretor da ONG Pró-Vida, representou Alagoas, durante o Seminário Nacional de Direitos Humanos e HIV/Aids. O encontro debateu a inclusão social, trabalho e previdência para pessoas com HIV. Esta foi a segunda edição do evento, realizado em Brasília (DF), nos dias 29 e 30 de abril.

A proposta do encontro é discutir a inclusão social das pessoas que vivem com HIV, junto com representantes do governo e da sociedade civil, onde o tema foi debatido de forma interdisciplinar, com enfoque na qualidade de vida e promoção da cidadania das pessoas com HIV/aids. O seminário foi transmitido no www.aids.gov.br/mediacenter.

Além disso, foram discutidas questões, como aspectos clínicos e sociais de quem vive com HIV, vulnerabilidades, direito à privacidade e reinserção social , entre outros.

Estiveram presentes ao Seminário Coordenações Estaduais e Municipais de DST e Aids, do Ministério Público, dos Ministérios da Saúde, do Desenvolvimento Social, do Trabalho e da Previdência, e da Secretarias Especial de Direitos Humanos da Presidência da República. Outras instâncias do governo que debatem a promoção e defesa dos direitos humanos das pessoas que vivem com HIV e Aids, assim como das populações vulneráveis à epidemia, também participarão do seminário.

O acesso à terapia anti-retroviral, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 1996, também esteve em pauta, porque foi considerado um dos fatores responsáveis pela queda nos índices de mortalidade em decorrência da Aids. Entre 1995 e 2005, a redução foi de 27% - caindo de 15.156 para 11.100 óbitos. “Isso significa que as pessoas, hoje, estão vivendo com Aids e elas precisam estar inseridas na sociedade, inclusive por meio do trabalho”, avalia a diretora do Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde, Mariângela Simão.

“Mesmo com o engajamento da sociedade brasileira em ações de denúncia das situações de violação de direitos dessas pessoas, ainda persistem situações de estigma, discriminação e exclusão, especialmente no âmbito do trabalho”, diz Mariângela Simão.

Com o seminário, o Ministério da Saúde propõe a construção de uma agenda intersetorial, com participação das áreas de seguridade social, desenvolvimento.

O objetivo é integrar as políticas públicas e promover a cooperação das redes de atores e instituições que atuam no campo dos direitos humanos, saúde, assistência, previdência, trabalho, seguridade social, emprego e renda voltados às pessoas que vivem com HIV/aids.

terça-feira, 29 de abril de 2008

NADA FÁCIL VIDA, OU A VIDA NÃO É NADA

Não está sendo fácil para o Grupo Gay de Alagoas levantar informações para elaborar um relatório sobre inquéritos dos assassinatos com características de crimes homofóbicos em Alagoas. O grupo, assim como acontece em todos os Estados do Brasil, pretende reunir informações a respeito dos assassinatos de homossexuais nos últimos dez anos, identificando nome das vítimas, tipo de crime, culpados e andamento do inquérito. De acordo com os primeiros levantamentos, chegou-se a uma constatação terrível: o número de homossexuais mortos é maior que os dados oficiais e 46 investigações não foram concluídos. Para o presidente do GGAL, Teddy Marques, a pesquisa revelou ainda uma face cruel: a forma descompromissada como os delegados tratam os inquéritos que presidem. “Alguns tentam mudar o ponto de vista do inquérito, comparando crimes homofóbicos, com crimes passionais e muitos deles alegam que a gente vê preconceito em tudo,” declarou Teddy estarrecido. Segundo o presidente do GGAL, os crimes homofóbicos se caracterizam pelo requinte de crueldade como são praticados. “Uma facada pode matar um indivíduo, mas o homossexual leva mais de uma dezena. Um tiro pode matar, mas o homossexual é torturado e violentado antes do disparo”, explicou.

Encontro em Brasília discute políticas que promovam a cidadania

Como representantes governamentais e da sociedade civil podem contribuir para a construção de políticas públicas que promovam a cidadania de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais? É em busca dessa resposta que se reúnem em Brasília (DF), nesta terça-feira (29/04), ministros, secretários especiais, parlamentares e representantes de movimentos sociais. A reunião, a partir das 15h, marca o lançamento da 1ª Conferência Nacional de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (CNBLBT), que também ocorrerá na capital federal, de 6 a 8 de junho.

A ministra interina do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Arlete Sampaio, e o ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, estarão presentes à solenidade desta tarde, no Salão Negro do Ministério da Justiça.

A 1º Conferência Nacional de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais será coordenada pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, com apoio dos ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, da Educação, da Saúde, do Trabalho e Emprego, da Justiça, da Cultura, dos Esportes, das Cidades, da Previdência Social, das Relações Exteriores, do Turismo e das Comunicações. Também participam as secretarias especiais de Políticas para as Mulheres e de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, assim como a Frente Parlamentar Mista e diversos representantes da sociedade civil. O apoio à conferência – que deve reunir cerca de 1.000 pessoas - foi a forma encontrada pelo governo federal para estabelecer um pacto democrático com uma população que, historicamente, sofre preconceitos e discriminações.

FINDE TÖY

ARIBA, MUCHACHO

A marca americana de underwear americana Andrew Cristian acaba de lançar uma cueca que vai revolucionar o mercado de roupas íntimas de mundo: uma cueca com uma tecnologia chamada butt-lifting que promete levantar e aumentar os glúteos. Este é o sonho de muitos homens, que fariam qualquer coisa para ter um bumbum mais redondo e firme. A tecnologia é simples. Um suporte invisível inserido na malha levanta sensivelmente o glúteo, fazendo-o parecer mais protuberante do que é realmente. A marca afirma que a maioria das pessoas consegue ganhar entre 1,25 a 2,5 centímetros de bumbum, com o uso da cueca. É possível fazer encomendas internacionais pelo site andrewchristian.com/

FINDE HAVANA - COMEÇA HOJE

Site pornô para cegos vira fenômeno cult nos EUA

Um site dirigido a cegos que oferece descrições em áudio de páginas pornôs na internet está virando um fenômeno cult nos Estados Unidos.

Chamado Porn for the Blind (Pornô para cegos, em tradução literal), o site disponibiliza clipes sonoros que trazem descrições, gravadas por voluntários, de cenas de sexo disponíveis na internet. Somente neste mês de abril o site já recebeu mais de 150 mil visitas.

Antes de cada gravação, o locutor informa o endereço do site está descrevendo para que os cegos possam acessar a página e então inicia a descrição das cenas de forma clara e direta com detalhes do cenário, cores, personagens e ambiente para que o usuário possa "imaginar" o que está se passando no vídeo.

O site, fundado em 2006, passou a aumentar gradualmente sua audiência desde que disponibilizou um software que permite que internautas voluntários gravem as descrições pornôs em áudio.

Segundo um dos fundadores, identificado como Elmer, desde que o sistema foi disponibilizado, em agosto de 2007, o site conta com 30 arquivos de áudio. Em entrevista à BBC Brasil, ele afirmou que o resultado tem sido positivo, mas que os usuários ainda pedem melhorias.

"A maioria das gravações até agora foram feitas por homens e os usuários pedem mais clipes com vozes femininas e mais 'picantes'", disse Elmer.

Ele comentou que vários usuários têm indagado se algumas das vozes seriam de celebridades. Elmer não negou ou confirmou se este seria o caso.

domingo, 27 de abril de 2008

TURISMO GAY

Praga não é um cidade qualquer. Ela é considerada a Pérola do Leste Europeu, por causa de uma aquitetura urbana de estilo romântco e clássico, e ainda tem uma cena gay fortíssima, com stripper clubs, casa de show e saunas. Praga é um dos roteiros de viagem que a G.Travel on-line disponibiliza para o segmento gay. Não estamos, aqui, divulgando comercialmente a empresa virtual de turismo, mas alertando para um segmento da economia que Maceió não está sabendo aproveitar. Falta organização e boa vontade, é claro. Para saber mais informações sobre Praga acesse atendimento@gtravelonline.com.br

ANGEL BOYZ

Uma grande festa vai acontecer hoje em Capinas, há 200 km da cidade de São Paulo (1h do centro). É o GAY DAY International, no hotel Fazenda Solar das Andorinhas. Segundo a organização, esta é a mais fervida e esperada festa desta temporada, que será animada pelos DJ Hector Fonseca (New York), que vai compartilhar as pick up com o consagrado Masterbeat DJ Brett Henrichsen (Los Angeles) e DJ Eric Cullenberg (New York, too).

Tudo isso vai começar ao meio-dia de hoje, até as 22h. a ferveção vai rolar em um magnífico castelo a ANGEL BOYZ reservou uma luxuosa área VIP para recepcionar 200 pessoas com serviços de OPEN BAR para seus convidados internacionais, celebridades e boys de uma famosa e consagrada revista masculina (G Magazine). O hotel fazenda conta com um parque aquático com três piscinas e tuboáguas, estacionamento com capacidade para 600 carros com ampla área verde

sexta-feira, 25 de abril de 2008

A MORTE COMO COMPANHEIRA

Para os adolescentes europeus ser homossexual é uma questão de morte. Um estudo feito pelo Parlamento Europeu, que envolveu 44 países, apontou que os problemas causados pela discriminação aos jovens é uma problemática universal e que as suas conseqüências são devastadoras. O título do estudo é "O suicídio de crianças e jovens na Europa: um grave problema de saúde pública".

O texto escrito pelo relator Bernard Marquet e aprovado com unanimidade é enfático ao confirmar que os índices de suicídios entre jovens lésbicas, gays, bissexuais e transexuais são superiores ao de jovens heterossexuais. O trabalho deixa claro que é o fator de instabilidade psicológica e física que a discriminação promove o responsável pela morte dos adolescentes europeus e não por eles fazerem parte de uma minoria sexual. Essa pressão afeta-os psicologicamente. Um grande problema de saúde pública e que há muito tempo foi subestimado.

E mais, diz o estudo que questão social é a principal causadora de tal drama aos GLBT. O documento resume o sentimento dos adolescentes em três palavras: a estigmatizarão, a discriminação e a marginalização.

Mais adiante, o trabalho acrescenta que fatores históricos também são apontados como causadores deste dano aos jovens. Para os pesquisadores, esse comportamento acontece “desde a época em que as sociedades criminalizavam as relações entre pessoas do mesmo sexo, as religiões" e mais recentemente nos "meios de comunicação" que ridicularizam "expressões e estilos de vida GLBT”. E para piorar, diz o documento, “ainda hoje boa parte de psicólogos e psiquiatras consideram a homossexualidade e a transexualidade doenças”.

Para os pesquisadores, os jovens de hoje nascem em uma sociedade regida pela heteronormatividade nas famílias e em sociedade (colégio e amigos). E, desta maneira, quando o adolescente começa a se descobrir homossexual entra em choque, começa a ter sentimentos de culpa, e, em casos extremos, chega ao suicídio.

Num rompante humanitário, o documento constata-se que, se na Europa, onde há grande abertura às minorias sexuais, tais fatos estão ocorrendo, o quadro deve ser mais aterrador em países como da América do Sul e Oriente Médio, “onde a questão ainda é tratada como segundo plano e com conservadorismo”. A única diferença, entre a Europa e os países citado, é que lá não há um estudo similar que demonstre tal realidade.

Urologista lança livro sobre os prazeres do sexo anal

O sexo anal é uma variação e seus praticantes (homo, ou hétero) buscam o prazer, afirma o urologista e terapeuta sexual Dr. Celso Marzano no livro O Prazer Secreto, resultado de pesquisas e experiências vividas em seus mais de 30 anos de atividade médica. Para ele, é mais que isso, “é a entrega, a busca de novos prazeres sexuais e a intimidade”, explica.

São 100 perguntas respondidas pelo urologista, desde sobre sexo anal, DSTs a dúvidas sobre sexo em geral. “Este livro não tem a intenção de incentivar esta variação sexual, mas sim elucidar dúvidas, quebrar mitos e tabus que se mantêm por centenas de anos e levar conhecimentos à população”, diz Marzano. A publicação é destinada tanto para o aprimoramento de especialistas quanto para o público em geral que busca conhecer mais sobre a prática do sexo anal. “Por isso, este manual foi criado para todos, homens e mulheres, heterossexuais, bissexuais ou homossexuais. Seu maior objetivo é esclarecer e propiciar possíveis relações sexuais mais saudáveis, higiênicas e seguras. Afinal, a informação é um dos parâmetros para uma melhor qualidade de vida”. O livro conta com fotos, ilustrações do cartunista Marcio Baraldi e mais de 100 perguntas e respostas

FINDE TÖY

HAVANA DANCE - The best!

SEXTA 25/ABRIL SHOW C/ LORENA VORTEX + Dj Washington

SÁBADO 26/ABRIL MELISSA.COM FESTA DE LANÇAMENTO DO SITE DA DRAG QUEEN MELISSA VOGUE Show de Melissa Vogue & Melissetes Show de LAYLA LAYSER Show Stripper total c/ os boys BERG & HÉRCULES (PE). DJ Washington Telão Laser show Dark room DOMINGUEIRA ESPECIAL a partir das 21h. PARA REPETIR O RECORDE DE PÚBLICO... Pagode, axé e swingueira com BADALLADA MPB com Micheline + Dj Washington

domingo, 20 de abril de 2008

Homofobia - Editorial

O Brasil é um estado laico. Isto quer dizer não pode adotar posturas baseadas na fé de ninguém, pois estaria indo de encontro (contra) ao princípio democrático da pluralidade e diversidade. Porque estou tocando nesse assunto? É que nesta terça-feira (22), evangélicos de todo Brasil realizaram a Jornada nacional evangélica pela família, um evento organizado pelo Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e Política (FENASP), para protestar contra ao aborto e realizar um ato exteriorizando posicionamento contra o PLC 122. No entender de Wilton Costa da secretaria nacional do FENASP o PLC 122 irá retirar “a liberdade de expressão” deles, “é uma mordaça” e que, com a criminalização “eu não terei mais liberdade de criticar o estilo de vida homossexual”. Ta de sacanagem, não é? Se eu entendi bom, ele quer continuar falando mal homossexuais e incitando ao ódio. Mas, ele não para por ai. O rapaz reforça sua posição preconceituosa dizendo que não é contrário às pessoas, “somos favoráveis a qualquer tipo de discussão. Mas, eles querem fazer descer goela à baixo que não é uma opção sexual, nós não concordamos com isso. É um pecado”. Então ta.

III Mostra SPE

A Universidade Federal de Santa Catarina, em Florianópolis abre as inscrições para a III Mostra Nacional Saúde e Prevenção nas Escolas. O evento, uma realização do Ministério da Saúde, Ministério da Educação, UNESCO, UNICEF e UNFPA, está programado para os dias 24 e 25 de junho, vai reunir profissionais da saúde e da educação, jovens e especialistas envolvidos em ações de promoção da saúde e prevenção das DST e AIDS.

Serão oferecidas 250 bolsas integrais para participantes que tiverem trabalhos aprovados para apresentação na Mostra, Dando ênfase à discussão e à troca de experiências relacionadas à promoção da saúde e dos direitos sexuais e reprodutivos no ambiente escolar, a Mostra reafirma-se como um espaço permanente de discussão e produção de conhecimento em âmbito nacional. As apresentações de experiências inovadoras servirão de exemplos de gestão integrada que contribuem para a redução dos diferentes contextos de vulnerabilidade nos quais os jovens brasileiros estão inseridos. Outras informações estão disponíveis no site. Os interessados podem se inscrever no site aids.gov.br/spe2008. Dúvidas podem ser esclarecidas no e-mail mostraspe2008@aids.gov.br.

The Big Penis Book

A editora TASCHEN, conhecida por sua ousadia em publicar títulos polêmicos, acaba de lançar o livro "The Big Penis Book" - O Grande Livro do Pênis - da autora Dian Hanson, que também assina o livro "O Grande Livro dos Seios". O pênis sempre foi o calcanhar de Aquiles dos homens. Segundo pesquisas, menos de 2% da população mundial masculina possui mais de 20cm de dote. A proposta da autora é dá subsídios para analisar os diferentes "tipos" e "tamanhos" o livro trás mais de 400 fotografias históricas dos anos 70, data em que houve uma verdadeira revolução sexual. Interessou-se? Deseja o quanto antes apreciar as beldades fotografadas pelas lentes dos fotógrafos Bob Mizer, David Hurles e Sierra Domino? Clique no taschen.com/ aqui para adquirir o livro.

Álbum de imagens do livro