domingo, 28 de junho de 2009

Quese meio século, e nada mudou de verdade

Neste domingo (28 de junho) é a data em que se comemoram os 40 anos do marco da resistência homossexual, a partir da batalha travada entre gays e policiais no bar Stonewall Inn, em Nova York (EUA).
Quase meio século depois, a intolerância é considerada alta e as mudanças lentas. Para Marcelo Cerqueira, presidente do Grupo Gay da Bahia, grande parte desse atraso, deve-se sobretudo aos próprios LGBTs.
“Hoje, os gays continuam no armário, não se assumem. O Estado não dá direitos legais e a sociedade não está nem aí; acham que somos indivíduos de segunda categoria”, diz o presidente do GGB. O preconceito aliado à falta de políticas públicas é o que estaria contribuindo para a perpetuação da violência.
De acordo com um relatório anual publicado pelo GGB, a Bahia registrou 25 assassinatos contra homossexuais em 2008, a mesma média alcançada em todos Estados Unidos, no período. A posição de Estado brasileiro mais violento ficou com Pernambuco (27 casos), sendo que um gay nordestino corre 84% mais risco de ser morto do que no Sudeste ou no Sul. Com informação da Agência A TARDE

Nesta segunda-feira (29), o Grupo Pró-Vida lança Manual de Sobrevivência Homosexual, para orientar os homossexuais com dicas de prevenção que podem ajudar a evitar a violência e a homofobia. O documento foi planejado e executado com parceria com o governo do estado, que editou cinco mil (5.000) folders que contêm informações sobre como se prevenir da violência bem como os endereços e telefones úteis dos équipamentos de defesa, proteção e denuncia. O Manual é baseado em obra do professor doutor Luiz Mott (fundador do movimento LGBT no Brasil) 01.Evite levar desconhecidos ou garotosde programa para casa. Prefira fazerprogramas em hotéis, motéis esaunas. Se for conhecer alguémprefira em lugares publico e bemmovimentado. 02.Investigue a vida da pessoa comquem pretende sair. Prefira pessoasindicadas por amigos. Não searrisque em sair com pessoas queconheceu pela internet sem terprocedência. 03.Se curtir Garotos de Programa sófique depois de ter certeza de que nãose sente em situação de risco e nãoesconda que é gay. Isso evitapossível chantagem e extorsão; 04.Nunca beba líquidos oferecidos peloparceiro eventual ou desconhecidos.A bebida pode conter soníferos;o famoso "Boa Noite Cinderela". 05.Se levar alguém para casa, não oesconda do porteiro, ou devizinhos.Eles podem ajudá-lo na hora doperigo. É sempre bom ter umaboa relação com esse pessoal. Nahora do babado, eles sempre sãosolidários; 06.Não se sinta inferior. Não se mostreindefeso, evite demonstrarpassividade, medo, submissão. Nãocultive o tipo machão, ou pelo menosnão mostre que o valoriza tanto; 07.Evite fazer programa com mais de ummichê. Antes do ato sexual, acertetodos os detalhes : preço, duração,preferências eróticas(se ele aceita, por exemplo, serpassivo); 08.Não humilhe o parceiro. Não exibajóias, riqueza ou símbolos desuperioridade que despertem cobiça.O garoto de programa quase sempre éde classe inferior à sua; 09.Se o encontro for na sua casa,tranque a porta e esconda achave. Não deixe armas, facas eobjetos perigosos à vista, você édono da casa e deve dominar asituação; 10.Quando for agredido, procure apolícia, peça exame de corpo delito edenuncie o caso as ONG´s LGBT´s. Se foi mal tratado pelo oficial, chame o Delegado Titular, se ele não estiver chame o plantonista. Se mesmo assim, for mal atendido, entre comuma ação contra a delegacia. Nãotenha medo! A HOMOFOBIA MATA

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Caixa Friendly

Deu no site MundoMais (www.mundomais.com.br/). A Caixa Econômica Federal (CEF) passa a conceder até 180 dias de licença-adoção para homens solteiros ou por casais gays que adotem filhos. Em abril desde ano, a CEF tinha dado este beneficio às mulheres. Homens tinham apenas 30 dias de licença, mas agora o benefício ganha isonomia, ou seja, equidade de direitos. Segundo a informação, o vice-presidente de Gestão de Pessoas da Caixa Édilo Ricardo Valadares disse que a ampliação do benefício garante os direitos iguais para homens e mulheres sem distinção.
"Isso não só consolida cada vez mais a imagem de empresa socialmente responsável entre o nosso público interno e externo, como também visa ao bem-estar e desenvolvimento equilibrado da sociedade brasileira", comenta Valadares.
O período da licença-adoção para os homossexuais e heterossexuais solteiros vai depender da idade da criança. 180 valem para adoção de crianças com até um ano de idade. Após essa idade a licença será concedida a crianças com até quatro anos, que garante a licença de 75 dias. Em ambos os casos, o benefício será dado a partir do registro da certidão de nascimento com o nome de um dos pais.
Isso porque ainda não há lei que prevê a adoção homo parental, ou seja, com pais do mesmo sexo. Exceto, por alguns casais que ganham na justiça o direito de registrar a criança adotada com os dois nomes dos pais. No caso da Caixa Econômica Federal, só recebe o benefício àquele que registrará a criança.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Minorias, ou Discriminação?

Depois de uma semana de enquête na internet, a população que respondeu ao chamamento de cidadania feito pela Secretaria da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos chegou a seguinte conclusão: 7.89% dos internautas optaram pela denominação Delegacia das Minorias e 92,11% preferem que ela se chame Delegacia de Combate à Discriminação. Findo o período da enquête, a secretária Wedna Miranda vai agora marcar uma audiência do o delegado Marcílio Barenco, para entregar o resultado da pesquisa e, claro, pressionar para que a vontade do povo (ao menos desta vez) prevaleça.

Inoperância? ou descaso com o tema?

Há seis meses, a Associação das Travestis e Transexuais de Alagoas (Transfemea), protocolou no Conselho Estadual de Educação o processo nº 096/09 solicitando inclusão do nome social das travestis e transexuais nos registros escolares em Alagoas. Nesta terça-feira (23), a presidente da entidade Renata Jounot voltou a protocolar mais um ofício pedindo celeridade na decisão porque, para ela, a mudança proposta “certamente terá reflexo positivo na política de inclusão social do Governo de Alagoas, promovendo assim a diminuição da evasão escolar, tão crescendo e comum entre as cidadãs travestis e transexuais”. Então. As travestis alagoanas sofrem com a falta de iniciativa dos Conselhos alagoanos, que não dispõem de recursos nem para oferecer um coffee break aos conselheiros, durantes as reuniões. Apropósito. Precisa-se de coffee break para se reunir?

Reduz o número de contaminação do HIV de usuários de drogas injetáveis

O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime lançou esta semana (dia 24) Relatório Mundial sobre Drogas. O documento contém, entre outros dados, informações sobre a prevalência do HIV entre usuários de drogas injetáveis. O Brasil aparece com uma taxa de prevalência do HIV de 48% entre essa população. A informação tem como referência artigo publicado pelo Grupo de Referência das Nações Unidas sobre HIV e Uso Injetável de Drogas na revista científica The Lancet em setembro de 2008*. De acordo com o relatório, é possível constatar uma redução de 72,6% dos casos de Aids entre a população de usuários de drogas injetáveis no período de 1996 a 2006. O percentual de casos entre a população masculina de UDI em 1996 era de 23,8% e caiu para 8,9% em 2006, entre as mulheres esse percentual passou de 12,6% para 3,3%, respectivamente. O Departamento de DST e Aids/MS esclarece ainda que está executando pesquisa de prevalência do HIV entre a população de usuários de drogas injetáveis, no âmbito do projeto implementado em parceria pelo Departamento de DST e Aids e o UNODC. Segundo eles, esse levantamento permitirá o levantamento de dados atualizados. Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC) Departamento de DST e Aids do Ministério da Saúde
* Nota da redação: o percentual sobre a prevalência do HIV entre UDI utilizado no artigo não reflete a situação atual do país, pois trata-se de um dado desatualizado, que se refere a situação da epidemia no início da década de 90.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Bola cantada

Nós comentamos na coluna BiVolt! do dia 18/06 sobre a eminência de haver este ano no Brasil ataques de homofóbicos, durante as Paradas do Orgulho Gay pelo Brasil. O caso da de São Paulo foi emblemático e eu afirmei que este exemplo vai se disseminar pelo resto do país. Pois então, enquanto os paulistas se organizavam em gangues para bater em homossexuais que estava de satélite na Parada de São Paulo; em Brasília o padre Gisley Azevedo Gomes, 31 anos, que pertencia à Congregação dos Sagrados Estigmas (Estigmatinos) e era assessor para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) foi encontrado com três tiros: um no rosto e dois na cabeça. Um caso clássico de assassinato homofóbico. Segundo as informações colhidas, o padre foi emboscado por um michê chamado Wellington Lacerda de Araújo e, dentre os assassinos, um menor de idade. O teólogo e historiador, Márcio Retamero, 35 anos e que é mestre em História Moderna pela UFF de Niterói/RJ, fez o seguinte comentário no site de A Capa (www.acapa.com.br): “Padre Gisley e Marcelo Campos (o cozinheiro que morreu após sofrer agressões físicas numa rua paralela à Parada), jovens homossexuais, foram vítimas da homofobia. Seus nomes são, infelizmente, acrescentados ao rol de mártires gays brasileiros também vítimas de crimes de ódio, cada vez mais cotidianos em nosso país (...) Diante de fatos não há argumentos! Os que dizem que homofobia é delírio da militância LGBT do Brasil, como fez o teólogo presbiteriano Solano Portela em recente artigo, como fazem os parlamentares da bancada evangélica do Congresso Nacional, agora não terão mais como "tapar o sol com a peneira"” (...); “os parlamentares brasileiros deveriam se perguntar se é legítimo deixar nas mãos da bancada evangélica o destino de milhares de LGBTs do nosso país. A bancada evangélica não é maioria no Congresso Nacional, isso significa que vocês, senhores e senhoras parlamentares, podem e devem deixar os parlamentares evangélicos que contribuem com a homofobia falando sozinhos e aprovarem logo, urgentemente, o PLC 122/2006, porque enquanto vocês deixarem a bancada evangélica - que é contra o PLC 122 e que se omite diante de tais assassinatos cada vez mais abundantes - impedirem a aprovação, vocês estão sendo coniventes nisso tudo com eles e tenho certeza que esta não é e não será só a minha opinião, mas a de milhares de homossexuais, familiares e amigos de homossexuais e toda a população mais esclarecida deste país”. Ta dominado Mas, esse preconceito; ou melhor, o conceito de homofobia, se aprende nas escolas brasileiras. De acordo com o jornal Estado de São Paulo, segundo pesquisa inédita, realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, órgãos do Ministério da Educação (MEC), a escola é recheada de preconceitos, entre estudantes, pais, professores, diretores e funcionários.O estudo foi realizado em 501 escolas com 18.599 estudantes e concluiu o seguinte: 99,3% dos entrevistados têm algum tipo de preconceito (de qualquer espécie); 80% gostariam de manter algum nível de distanciamento social de portadores de necessidades especiais, homossexuais, pobres e negros (96,5% disseram ter preconceito em relação a pessoas com deficiência e 94,2% na questão racial).

sexta-feira, 19 de junho de 2009

3x4 do sexo no Brasil*

Entre os meses de setembro e novembro de 2008, pesquisadores do Ministério da Saúde percorreram as cinco regiões do país para fazer 8 mil entrevistas com homens e mulheres entre 15 e 64 anos. Essa está sendo considerada a maior pesquisa já realizada sobre comportamento sexual do brasileiro. O resultado, vai auxiliar na execução e na avaliação da política para a Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis. De acordo com o estudo apresentado no dia 18 de junho, 77% dessa população (66,7 milhões) teve relações sexuais nos 12 meses que antecederam a pesquisa. As principais diferenças de comportamento estão entre homens e mulheres: Homens: 13,2% tiveram mais de cinco parceiros casuais no ano anterior à pesquisa; 10% deles tiveram, pelo menos, um parceiro do mesmo sexo na vida; 36,9% deles tiveram relações sexuais antes dos 15 anos; Mulheres: 4,1% delas, esse índice é três vezes menor (4,1%); tiveram mais de cinco parceiros casuais no ano anterior à pesquisa; só 5,2% delas já fizeram sexo com outras mulheres; a vida sexual delas também começa mais cedo para 17%. Dados nacionais Os indivíduos das regiões Sul (82,8%) e Centro-Oeste (81,1%) são mais sexualmente ativos do que os das demais regiões: no Norte 79%, no Nordeste 74% e no Sudeste 76,5%.O maior índice de relacionamento sexual com pessoas do mesmo sexo é da região Sudeste com 8,4%, seguido respectivamente das regiões Nordeste (7,2%), Norte (7%), Sul (6,8%) e Centro-Oeste (5,6%). A pesquisa traz ainda recortes por escolaridade e região. Nordeste: Segundo avaliações feitas da pesquisa, apesar das dimensões continentais do Brasil, quando o assunto é comportamento sexual, as regiões apresentam poucas diferenças em relação ao retrato geral do país. 97,4% das pessoas entrevistadas na região sabem que o uso da camisinha é a melhor forma de prevenir a infecção pelo HIV. A média nacional fica pouco abaixo (96,6%). O índice de pessoas na região que se relacionaram sexualmente no último ano chega a 74%. Desse total, 86% tiveram parceiros fixos. O percentual de uso da camisinha em todas as relações sexuais com parceiros casuais entre as pessoas da região ficou em 39,6%. No entanto, o uso do preservativo subiu para 52,6% na região na última relação sexual com parceiros casuais. Entre os jovens de 15 a 24 anos, o uso da camisinha na primeira relação sexual chegou a pouco mais da metade (52,1%). Jovens têm comportamento sexual mais seguro Os jovens de 15 a 24 anos de idade demonstram mais atitude em relação às doenças sexualmente transmissíveis. Eles têm comportamento mais seguro quando comparados às outras faixas etárias – usam mais o preservativo. O retrato da vida sexual desse segmento é um dos destaques da Pesquisa sobre Comportamento, Atitudes e Práticas Relacionadas às DST e Aids na População Brasileira de 15 a 64 anos (PCAP - 2008). O grupo entre 15 a 24 anos de idade adota mais o preservativo em todas as situações. Na última relação sexual com parceiros casuais, por exemplo, 68% deles usaram preservativo, enquanto nos maiores de 50 anos a proporção não chega a 38%. Com parceiros fixos, 30,7% dos jovens costumam fazer uso da camisinha. Entre aqueles de 25 a 49 anos só 16,6% adotam a mesma prática. Acima de 50 anos, o percentual cai para 10%. Isso pode ser um reflexo das campanhas dirigidas para o público e do envolvimento das escolas nas atividades de prevenção às DST e aids. * Os dados são da Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas da População Brasileira de 15 a 64 anos de idade (PCAP - 2008), do Ministério da Saúde

Sextas TÖY

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Blogosfera

As possíveis conecções da internet são infinitas e fantásticas. Por um desses acasos virtuais, um relatório que enviei ao comitê Pró-Conferência Estadual de Comunicação de Alagoas, caiu nas mãos da internauta Flávia (uma blogueira paulista autora do blog Liberdade de Expressão), que também está sintonizada na realização da Confecon. Troca de mensagens para lá, troca de mensagens para cá, ela acabou visitando o blog BiVolt! (embora ela trate por Bivoltagem) e escreveu o depoimento que você lê, abaixo. Visitei o Bivoltagem. Fantástico! Se ao menos eu não estivesse com todos os dez dedos, ou mais, nesse empreendimento, seria visitante frequente. Se um dia chegarmos a um bom termo, em dezembro, talvez aconteça uma Confecom justa, e ai eu espero que eu possa me tornar leitora assídua, adorei o Bivoltagem. Comecei essa relação com a Confecom quase sem querer, por acaso do clicar num link, e desde então estou a descobrir um Brasil mais rico do que eu já supunha. Essa riquesa cultural brasileira é o que deveria ser visível a todos, então a internet e as outras mídias serviriam para nos unir, para termos orgulho de nossa multiplicidade, para que nos entendêssemos e que aceitássemos uns aos outros. Mas esse dia, por mais longe que esteja, vai chegar.um grande abraço!Flavia Ela mesma explica o que é o blog Liberdade de Expressão: "O Liberdade de Expressão é um blog que se pretende comunitário - há outros autores, mas devo dizer que a minha luta pra transformar as pessoas que acreditam que é preciso ser expecialista para achar, ter opinião, é meio difícil - todos acham que para escrever tem que ser especialista. O blog Liberdade de Expressão foi o fruto de pesquisas pela internet acerca do que significa a confecom, sua história . É só conferir, acessando (liberdadedeexpressao.net.br),

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Raphaella, só dá ella

Na Blue Space/SP, ela comanda a noite e, pelos comentários nos blogs e fotlog especializados, Raphaella é, atualmente, a Top Drag mais carão do (in) mundinho gay paulista. Só dá ela. É com esse currículo que inclui show nas casas LGBTs mais badaladas do Brasil que a bee desembarca em Maceió para fazer show esclusivo, neste sábado (20), no HClub.
Será a festa Luxus - the party e para uma Top Drag, a casa reserva dois ambientes que terão line up dos DJ Washington e Bruno Ramos.
E uma novidade quentíssima. Desde a segunda-feira, a HClub promove quebradeira nas estrutura. Trata-se de uma reforma que será feita na área extrena (onde rola o pagode). É que tem chovido gente por lá, aos domingos. "Derrubar umas colunas para ampliar o espaço e dá mais conforto", explicou Cristiano Barros.

Enquete

“Votei na delegacia de combate a discriminação por achar que o nome delegacia de minorias já é uma forma de discriminação”, declarou a estudante de Psicologia Annygrette Moraes; “Já Votei - Delegacia de Combate à Discriminação é bem mais explícito e abrangente”, confeçou a jornalista Fátima Almeida; e “vamos participar” (da enquete), mandou avisar o jornalista e radialista Miguel Torres. Essas foram algumas das manifestações que a gente recebeu dos internautas que participam da Enquete que a Secretaria da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos está realizando para definir como se chamará a delegacia que o delegado Marcilio Barenco pretende instalar, de combate a violência.
A secretária Wedna Miranda (da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos) consederou a denominação (‘minorias’) muito ampla. Ela procurou a coluna BiVolt! e sugeriu que ouvíssemos a opinião pública. Resumo da ópera: no site da Secretaria (www.mulherecidadania.al.gov.br/) há uma enquete onde você poderá opinar se concorda o nome "delegacia das minorias", ou "delegacia contra as descriminações". Moderno, não? Portanto, não deixe de acessar o site e deixar sua opinião. O resultado será divulgado no dia 22 de junho.

Projetos para redução de danos por uso de álcool e outras drogas

O Ministério da Saúde prorrogou para o dia 10 de julho o prazo para o envio de projetos paraa redução de danos por uso de álcool e outras droga. A ideia é ampliar o acesso de quem usa essas substâncias aos serviços de saúde, melhorar e qualificar o atendimento oferecido a elas pelo SUS destinará R$ 1,4 milhão para financiar projetos regionais de redução de danos sociais e à saúde associados ao uso de drogas injetáveis, álcool e outras drogas. O prazo para envio de projetos foi prorrogado para o dia 10 de julho de 2009. O edital prevê até R$ 100 mil para propostas apresentadas por grupos de instituições governamentais, não governamentais e universidades. Elas devem ter como e fortalecer as ações comunitárias dos redutores de danos junto a esses usuários. O resultado dos projetos selecionados será anunciado em 10 de agosto de 2009. Veja aqui o edital. Trata-se de uma iniciativa conjunta do Programa Nacional de DST e Aids e da Área Técnica de Saúde Mental, que esperam fortalecer a rede integrada de cuidado a esse segmento da população. As organizações da sociedade civil podem obter mais informações sobre o edital pelo e-mail editalrd@aids.gov.br. Para as instituições governamentais, o endereço eletrônico é saudemental@saude.gov.br. Sob o efeito de substâncias psicoativas, as pessoas ficam mais expostas a infecções pelo HIV/aids, outras DST e hepatites virais, tanto por compartilharem seringas, cachimbos, piteiras como por se descuidarem do uso do preservativo.

Polícia para quem precisa de fato

Ofuscado pela onda de violência que toma conta dos Estados brasileiros, o trabalho de humanização dos agentes e delegados na Polícia Civil que o delegado Marcílio Barenco vem imprimindo está sendo deixado de lado pela imprensa.
Durante sessão pública na Câmara Municipal, o diretor de Polícia Civil aproveitou a ocasião e entregou a Edvaldo Souza (do Governo Federal que veio à Maceió apresentar o Programa Brasil sem Homofobia) cópia de ofício documento em que cobra agilidade no convênio de R$ 100 mil para a criação da Delegacia de Minorias. O pedido foi feito em novembro de 2008, encaminhado para Brasília através de ofício. A proposta de uma delegacia das minorias consta no programa do Pronasci para a redução da violência no país. Até agora a Polícia Civil ainda não obteve resposta.

Psico e a diversidade sexual

O Conselho Ragional de Psicologia, 15ª R, armou o Fórum de Psicologia – Compromisso Social e Ético com a Diversidade Sexual. A ideia é comemorar os 10 anos da Resolução 001/99 do CFP que estabelece normas de atuação para a Psicologia em relação à orientação sexual. O encontro serviu também para refletir sobre o tema. Foi na sede do Ministério Público Estadual/AL. Muito legal a palestra do promotor Flávio Gomes, aquele que solicitou a 16ª Vara de Execuções Penais de Alagoas a extensão do direito de visitas íntimas aos reeducandos homossexuais. Detalhe: o parecer foi escrito no estilo Literatura de Cordel e é tema de estudo na USP. Outra palestras muito elucidativa foi a da professora Clarice Mota, antropóloga que conversou com a platéia sobre as novas estruturas sociais, agora mais diversificadas que reconhece todos as formas de manifestações culturais. Clarice é antropóloga e professora da Ufal.