sábado, 26 de setembro de 2009

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Espanhóis lançam asilo de luxo para idosos gays

Anelise Infante - De Madri para a BBC Brasil Uma imobiliária espanhola está lançando um asilo exclusivo para idosos gays, lésbicas, transexuais e bissexuais, que está dividindo grupos de defesa dos direitos de homossexuais. O condomínio de luxo, com piscina, academia com personal trainer e acompanhamento médico, localizado no balneário turístico de Torremolinos, no sul da Espanha, foi batizado de "Arco-Íris" e será inaugurado em outubro. Além de 27 apartamentos, terá um ambulatório médico e um clube social. "É uma iniciativa que responde a um problema social", disse à BBC Brasil o ativista pelos direitos dos gays e um dos criadores do projeto, Antonio Gutiérrez. "Consideramos que a maioria dos idosos homossexuais tem pouquíssimo apoio familiar e normalmente não tiveram filhos; portanto sua solidão é maior. Fazer espaços como este representa uma ajuda para que os gays se sintam à vontade e não tenham um forçado regresso ao armário", completou. Discriminação 'positiva' Este suposto "retorno ao armário" é também a preocupação das ONGs Grupo de Amigos de Gays, Lésbicas, Transexuais e Bissexuais e Coletivo Lambda que apoiam o projeto, porque afirmam que muitos gays idosos acabam escondendo a condição sexual por medo de serem rejeitados em asilos tradicionais. "Infelizmente a realidade é que a maioria das instituições de cuidado à terceira idade não estão preparadas para atender e considerar as diferenças deste grupo", afirmou à BBC Brasil o coordenador do Coletivo Lambda, Toni Poveda. "Quantos profissionais de atenção sanitária têm conhecimento em cuidados de transexuais, por exemplo? Sem falar de questões de sensibilidade, dos preconceitos, da vergonha por dizer que a pessoa que a visita ou com quem quer passar a noite é seu namorado", explicou. Já a ONG Colegas (Confederação Espanhola de Lésbicas, Gays, Transexuais e Bissexuais), criticou o projeto por considerar a criação de um asilo para gays como uma forma de segregação de um grupo. "Discriminação positiva não existe. Imagine que comecemos a construir espaços únicos para gays, outros para heterossexuais, para brancos, negros, imigrantes... De que sociedade estamos falando?", disse à BBC Brasil o diretor de campanhas da ONG Colegas, Francisco Ramírez. As ONGs que apoiam a criação do asilo gay reconhecem que a ideia pode parecer segregadora, mas coincidem com o autor do projeto, que o vê como um "gueto de defesa". "É um gueto, sim, que nós resguardamos, mas se trata de uma discriminação positiva para não renunciar ao que somos. Para evitar que nossos idosos tenham que continuar passando por vexações quando estão mais vulneráveis", rebateu Gutiérrez.

"Estupro corretivo"

A Corte Sul-africana condenou Themba Mvubu, de 24 anos, à prisão perpétua, e Thato Mphithi, de 23, há 32 anos. Para ativistas de defesa dos direitos dos homossexuais que acompanharam o processo foi "um avanço". Eles foram julgados e condenados por estuprar e matar a jogadora Simelane, de 31 anos, atacante da seleção feminina sul-africana, que ficou conhecida por ser uma das poucas mulheres do país a assumir publicamente sua homossexualidade. Ativistas usaram o julgamento para tentar chamar a atenção para o aumento de casos no país do que chamam de "estupro corretivo", que teria por objetivo punir a vítima ou "curá-la" de sua orientação sexual. Naquelas bandas, a situação das lésbicas não é nada fácil. Segundo o site BBC Brasil, o Serviço Policial Sul-Africano divulgou seu relatório anual, indicando um crescimento de 10% em relação ao ano anterior. Além disso, um estudo realizado no início do ano em algumas regiões da África do Sul mostrou que um em cada quatro homens admitiu já ter forçado uma mulher a fazer sexo contra sua vontade. Simelane não é a única vítima com notoriedade no Cabo das Tordesilhas. Recentemente, atleta sul-africana Caster Semenya, teve o gênero sexual contestado pela Federação Internacional de Atletismo após ela ter conquistado a medalha de ouro nos 800m, no Mundial de Atletismo realizado em julho, em Berlim. Segundo a imprensa do país, Semenya estaria agora recolhida e sob estado de grande estresse emocional.

Entrevista com Ridna Mota

A advogada e estudante de História do Cesmac Ridna Mota é a primeira diretora LGBT da UNE, um feito inédito no movimento estudantil, que sempre teve olhar voltado às questões de política partidária. Ela conversou com a coluna BiVolt! e explicou o que tudo isso significa, em prol dos LGBTs, claro.
O que significa a diretoria LGBT da UNE?
A diretoria LGBT da UNE foi criada em 2005, e representa uma importante conquista do segmento no campo estudantil; pois reflete a grande quantidade de demandas existentes nas universidades brasileiras na luta contra a homofobia e pela Diversidade Sexual. A universidade e o próprio movimento estudantil são espaços onde o preconceito de orientação sexual e o machismo são muito arraigados, reflexo da sociedade heterenormativa em que vivemos.
Como é, atualmente, a atuação do movimento LGBT no meio estudantil?
Existem, por todo o país, diversos Coletivos Universitários de Combate à Homofobia e pela diversidade sexual que atuam cotidianamente nas universidades. Contudo, essa atuação ainda é muito espontânea não havendo uma Rede que consiga aglutinar as diversas lutas de maneira a criar uma agenda de atuação nacionalizada.
Em quais frentes, a diretoria LGBT da UNE vai atuar?
A diretoria pretende construir e fortalecer o diálogo com os coletivos universitários já existentes, fomentar a criação de mais coletivos pelo país. Criar um Grupo Permanente de Trabalho composto por estudantes de todas as regiões do Brasil. Também é tarefa imprescindível desta diretoria realizar o 1° Encontro de Estudantes LGBT da UNE. Para que possamos criar uma agenda real do movimento e encampar com maior força dentro das universidades a luta pela livre orientação sexual.
No ENUDS deste ano o que de mais interessante foi definido?
O Encontro Nacional Universitário de Diversidade Sexual discutiu a fundo a necessidade de interligar as lutas, os eventos, as atividades. Foi definido que o ENUDS, mais que um importante espaço de discussão acadêmica sobre os temas da diversidade sexual e das identidades de gênero, tem de ser também um pólo aglutinador dos diversos movimentos sociais que lutam contra a homofobia e pela diversidade sexual.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Fora da cômoda - versão completa

Na coluna BiVolt!, desta semana, eu publiquei o texto abaixo. O assassinato do jovem Fábio Acioli está sendo bastante emblemático no contexto dos crimes de Homofobia em Alagoas. Além de revelar, mais uma vez, a face cruel do ódio latente que ainda está presente na nossa sociedade contra os homossexuais, ele está contribuindo para reforçar uma teoria antiga, a que diz que ninguém consegue esconder o tempo todo, de todo mundo, que é gay. Explico: muitos jovens e/ou senhores, constrangidos por pressões culturais, preferem manter-se, digamos, no anonimato. Na gíria popular, “ficar no armário”. Não se assumem homossexuais, embora isso seja evidente. Angustiados e inseguros, acreditam que escondidos, estão longe dos olhares e da “língua do povo”. Alguns constituem famílias. Depois, muitos deles passam a manter uma vida paralela, freqüentam pontos de “pegação” e/ou vivem casos amorosos super ultra secretos. Fábio estava envolvido com alguém assim; é o que tudo indica. E bastou ventilar a suspeita do mandante do crime ser um proeminente cidadão local e enrustido, para três nomes passaram a ser pronunciados na rodas de conversas como principais suspeitos. Afinal, todos os indicados têm no currículo pequenos vexames, que os gabaritam para tal. Infelizmente, para eles, se a sociedade não perdoa os gays, ela consegue ser mais cruel com quem vive se escondendo. Não é a intensão apontar esse ou aquele "cidadão" como culpado da morte do Fábio. Digo mais. Em minha opinião, essa lenda urbana que foi criada em torno do fato pode ser uma cortina de fumaça para encobrir o verdadeiro motivo desse crime hediondo. Afinal, quando as investigações apontam para "crime passional" o motivo; e uma vez essa "passionalidade" for homoafetiva, a tendência é de arrefecer os ânimos dos investigadores. Todos estão sofrendo com essa história interminável. As investigações precisam dá uma resposta à opinião publica, que precisa para dá um basta em tantas especulações. Fábio merece isso.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Repercussão

Alguns sites têm prestigiado a divulgação da I Mostra BiVolt! de Cinema da Diversidade. Xequirauti http://www.saladaonline.com.br/?pag=materia&cod=486

terça-feira, 1 de setembro de 2009

I MOstra BiVolt! de Cinema da Diversidade

Inédito, fora do comum, nunca visto, original. Assim podemos classificar a I Mostra BiVolt! de Cinema da Diversidade, prevista para acontecer entre os dias 04 a 8 de outubro, através da parceria com o Cine Sesi. Pajuçara. A ideia da I Mostra BiVolt! de Cinema da Diversidade é, através da sétima arte, trazer o tema diversidade sexual para a programação dos cinemas da capital. Isso num primeiro momento. Num segundo momento, a proposta dos seus idealizadores é distrair esse segmento, que tem sido o alvo perfeito de violência e violação dos direitos sociais promovidas por nossa sociedade sexista, que agride, além dos LGBTs, as mulheres, crianças, idosos, negros, índios...
A I Mostra BiVolt! de Cinema da Diversidade é uma atividade que integra as comemorações do segundo aniversário da coluna BiVolt! - um projeto editorial inusitado na imprensa local de inclusão social e respeito às diferenças, que rendeu ao seu editor (o jornalista Álvaro Brandão) o VIII Prêmio Renildo José dos Santos de Direitos Humanos/2008. A I Mostra BiVolt! de Cinema da Diversidade é parte também da programação da Semana do Orgulhos Gay de Maceió.
Com todo esse respaldo, a I Mostra BiVolt! de Cinema da Diversidade tem tudo para dá certo e entrar definitivamente no calendário oficial do cinema do Espaço Cultural do Sesi. Durante cinco dias, serão exibidos, sempre no horário das 19h, um curta e um longa, que contemplem as quatro letras que identificam o segmento.
Para esta primeira vez, foi feita a seguinte seleção:
Dia 04/10: Abertura
19h - Curta: Os Sapatos de Aristeu
Longa: De Repente, Califórnia
O filme retrata a trajetória de Zach (Trevor Wright), um promissor desenhista que tem de pesar a construção de sua própria identidade com as demandas externas, entre elas ajudar a sua irmã egoísta, sustentar a casa, cuidar do sobrinho. A mais importante de todas: assumir a homossexualidade e aceitar o que representa Shaun (Brad Rowe) em sua vida.
Dia 05/10:
19h - Curta: Amanda & Munick
Longa: A Lei do Desejo
Quando seus pais se separam, Tino, que foi molestado por seu pai, faz uma cirurgia e vira Tina (Carmem Maura). Seu irmão Pablo (Eusebio Poncela), cineasta que usa muita cocaína, tenta seduzir um moço, mas um crime muda a vida dos três. Enquanto isso, Tina mantém relação amorosa com o pai, sem seu irmão saber.
Dia 06/10
19h - Curta: Café com Leite
Longa: Plata Quemada
Baseado em uma história real, Plata Quemada narra o espetacular crime ocorrido em 1965, que manteve dois países como reféns do terror por dois meses. Conhecidos como "Os Gêmeos", Angel e Nene são dois amigos inseparáveis. Dois matadores que assaltam o caminhão que transporta os pagamentos da cidade de San Fernando. São sete milhões em jogo. Depois do crime eles decidem fugir para o Uruguai, até que passe a febre dos policiais sedentos por vingança. Lá, se escondem em um apartamento emprestado por um mafioso, sabendo que não devem aparecer enquanto esperam documentos fraudados para fugir ao Brasil. Porém, os documentos não chegam, eles não agüentam a clausura e na noite uruguaia, cada um sairá em busca de sua sorte. "Plata Quemada" é uma história de amor, desencontros e solidão que se unem em vidas levadas ao limite.
Dia 07/10
19h - Curta:
Longa: As Testemunhas
Em 1984, o médico de meia-idade Adrien (Michel Blanc) conhece durante uma viagem de verão o jovem Manu (Johan Libéreau), por quem desenvolve uma paixão platônica. No mesmo local, eles conhecem o casal formado pela escritora Sarah (Emmanuelle Béart) e o policial Mehdi (Sami Bouajila). No verão seguinte, após a chegada da Aids dentro da comunidade homossexual parisiense, eles se reencontram na mesma cidade.
Dia 08/10
19h - Curta: Alguma Coisa Assim
Longa: Meu Amor de Verão
No interior de Yorkshire, Mona (Nathalie Presse) garota trabalhadora que se interessa por atividades masculina conhece a exótica e mimada Tasmin (Emily Blunt). Na chegada do verão, as duas jovens descobrem que tem muito mais que aprenderem e explorarem juntas. Contatos para aprofundar o tema? Marcos César Sampaio de Araújo Coordenador Cine SESI Pajuçara (Maceió-AL) (82) 9371 2740 3235-5191 Álvaro Brandão Idealizador da Mostra e editor da coluna BiVolt! (82) 9124 7565