sexta-feira, 19 de junho de 2009

3x4 do sexo no Brasil*

Entre os meses de setembro e novembro de 2008, pesquisadores do Ministério da Saúde percorreram as cinco regiões do país para fazer 8 mil entrevistas com homens e mulheres entre 15 e 64 anos. Essa está sendo considerada a maior pesquisa já realizada sobre comportamento sexual do brasileiro. O resultado, vai auxiliar na execução e na avaliação da política para a Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis. De acordo com o estudo apresentado no dia 18 de junho, 77% dessa população (66,7 milhões) teve relações sexuais nos 12 meses que antecederam a pesquisa. As principais diferenças de comportamento estão entre homens e mulheres: Homens: 13,2% tiveram mais de cinco parceiros casuais no ano anterior à pesquisa; 10% deles tiveram, pelo menos, um parceiro do mesmo sexo na vida; 36,9% deles tiveram relações sexuais antes dos 15 anos; Mulheres: 4,1% delas, esse índice é três vezes menor (4,1%); tiveram mais de cinco parceiros casuais no ano anterior à pesquisa; só 5,2% delas já fizeram sexo com outras mulheres; a vida sexual delas também começa mais cedo para 17%. Dados nacionais Os indivíduos das regiões Sul (82,8%) e Centro-Oeste (81,1%) são mais sexualmente ativos do que os das demais regiões: no Norte 79%, no Nordeste 74% e no Sudeste 76,5%.O maior índice de relacionamento sexual com pessoas do mesmo sexo é da região Sudeste com 8,4%, seguido respectivamente das regiões Nordeste (7,2%), Norte (7%), Sul (6,8%) e Centro-Oeste (5,6%). A pesquisa traz ainda recortes por escolaridade e região. Nordeste: Segundo avaliações feitas da pesquisa, apesar das dimensões continentais do Brasil, quando o assunto é comportamento sexual, as regiões apresentam poucas diferenças em relação ao retrato geral do país. 97,4% das pessoas entrevistadas na região sabem que o uso da camisinha é a melhor forma de prevenir a infecção pelo HIV. A média nacional fica pouco abaixo (96,6%). O índice de pessoas na região que se relacionaram sexualmente no último ano chega a 74%. Desse total, 86% tiveram parceiros fixos. O percentual de uso da camisinha em todas as relações sexuais com parceiros casuais entre as pessoas da região ficou em 39,6%. No entanto, o uso do preservativo subiu para 52,6% na região na última relação sexual com parceiros casuais. Entre os jovens de 15 a 24 anos, o uso da camisinha na primeira relação sexual chegou a pouco mais da metade (52,1%). Jovens têm comportamento sexual mais seguro Os jovens de 15 a 24 anos de idade demonstram mais atitude em relação às doenças sexualmente transmissíveis. Eles têm comportamento mais seguro quando comparados às outras faixas etárias – usam mais o preservativo. O retrato da vida sexual desse segmento é um dos destaques da Pesquisa sobre Comportamento, Atitudes e Práticas Relacionadas às DST e Aids na População Brasileira de 15 a 64 anos (PCAP - 2008). O grupo entre 15 a 24 anos de idade adota mais o preservativo em todas as situações. Na última relação sexual com parceiros casuais, por exemplo, 68% deles usaram preservativo, enquanto nos maiores de 50 anos a proporção não chega a 38%. Com parceiros fixos, 30,7% dos jovens costumam fazer uso da camisinha. Entre aqueles de 25 a 49 anos só 16,6% adotam a mesma prática. Acima de 50 anos, o percentual cai para 10%. Isso pode ser um reflexo das campanhas dirigidas para o público e do envolvimento das escolas nas atividades de prevenção às DST e aids. * Os dados são da Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas da População Brasileira de 15 a 64 anos de idade (PCAP - 2008), do Ministério da Saúde

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