sexta-feira, 30 de maio de 2008

Estado de Nova York é pró casamentos

De acordo com a agência de notícias EFE, o governador de Nova York, David Paterson, ordenou que sejam feitas as mudanças necessárias na lei estadual para que casamentos homossexuais realizados em outros lugares sejam reconhecidos no estado. Isso já adianta muito na questão da igualdade de direitos. A mais famosa cidade americana, apesar de os homossexuais não poderem se casar lá, não só as uniões civis feitas em outros lugares do mundo terão seus direitos reconhecidos no estado, mas inclusive os derivados de contratos de seguros e coberturas médicas.

A notícia foi divulgada um dia depois de a imprensa americana informar que os condados da Califórnia estão autorizados a expedir documentos para casamentos homossexuais a partir do dia 17 de junho.

"Sabemos que nossa tarefa está incompleta e continuaremos tentando até que as pessoas que se gostam e querem se casar tenham essa oportunidade", afirmou Paterson.

A GRANDE ATRAÇÃO DA CIDADE, NESTE FINDE

domingo, 25 de maio de 2008

EDITORAIL

Consciência de açougueiro

A comissão organizadora da Parada do Orgulho Gay de São Paulo tomou algumas providências, mas na essência mesmo o evento serve para a grande maioria dos participantes de cenário para práticas sexuais, excesso de exposição e uma busca por um espírito de liberdade que muitos não gozam nas suas cidades de origem. Os excessos são sempre visíveis e o primeiro e mais expressivo foi a morte de Lucas Cerqueira de França, 24 anos, encontrado morto na piscina do Hotel Mercure, no Bairro dos Jardins, zona nobre da capital paulista. Depois de duas festas e vários êxtases, os garotos (três) foram encerrar a maratona de sexo, drogas e muito pancadão no hotel. Para eles, a festa acabou ali. Um foi para o cemitério e os outros dois para a polícia, se explicar. Foram encontrados maconha, bebidas alcoólicas e os comprimidos que têm feito a alegria de gays desavisados, o êxtase.

O que era para ser uma manifestação política, alguns gays aproveita para se exporem de maneira pejorativa, reforçando o preconceito que diz que todo gay é inconseqüente, umas porras louquinhas. E esse não será o único caso. Ano passado, depois da Parada, a cidade presenciou uma série de atentados contra os homossexuais que prestigiaram o evento. O que mais se destacou foi o assassinato de um turista francês na Alameda Franca (lembra?).

Para o hotel, de alto padrão, a imagem que ficou foi negativa. Para os organizadores, vai sobrar um ano inteiro de convencimento para as empresas paulistas voltarem a investir no evento. Ainda bem, que nessas horas, o poder aquisitivo das bee... fala mais alto.

Ministério da Cultura abre concursos voltados para o público GLBT.

A concorrência destina-se exclusivamente às entidades jurídicas, sem fins lucrativos, e que tenham, no mínimo, seis meses de atuação nas comunidades GLBT. Os editais foram lançados na data em que se comemora o Dia Mundial de Combate à Homofobia, celebrado dia 17 de maio Um é para o Concurso de Apoio às Paradas de Orgulho GLBT nas cidades em que o movimento ainda não existe e deve contemplar um projeto em cada estado e no Distrito Federal.

O outro é para o Prêmio Cultural GLBT 2008 e deve financiar, com verba de até R$ 9 mil, 104 iniciativas valorização da cultura gay.

Tanto o Prêmio Cultural quanto o Concurso de Apoio às Paradas GLBT serão financiados com recursos do Fundo Nacional de Cultura, na Ação Fomento de Projetos de Combate à Homofobia.

Cultura

Nós procuramos saber mais a respeito do Prêmio Cultura GLBT 2008. De acordo com o Portal da Cultura, o Concurso Público Prêmio Cultural GLBT 2008 (O Diário Oficial da União publicou no dia 16 de maio, (seção 3, páginas 10 a 12), o Edital nº 10) tem como proposta premiar iniciativas exemplares de natureza cultural de afirmação de orientação sexual, identidade de gênero e da cultura de paz.

Segundo a informação, o Edital é uma iniciativa da Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (SID/MinC) e integra o Programa Brasil sem Homofobia da Secretaria Especial de Direitos Humanos.

Os pedidos de inscrição serão efetuados exclusivamente via Internet, na página do Ministério da Cultura (www.cultura.gov.br), no período compreendido entre 10h o dia 19 de maio às 20h do dia 8 de junho (considerando o horário de Brasília).

Mas a inscrição só se efetivará a partir da postagem da documentação solicitada no edital, a qual deverá ser encaminhada por meio dos Correios, via Sedex, para o endereço mencionado no edital.

Quando ouço falar a palavra casamento, pego logo meu talão de cheques

"Quando me falam em casamento gay, eu sempre digo, vamos esquecer a palavra casamento. Dá a impressão errada, é uma palavra que sugere igreja... defendo é a união civil entre pessoas do mesmo sexo, a garantia de que casais gays possam dividir o patrimônio que construíram juntos, como qualquer outro casal. Infelizmente, os EUA estão bem atrasados nessa discussão". A declaração foi dada pelo mais conceituado empresário e criador do mundo da moda, atualmente, o estilista Tom Ford, em entrevista concedida ao Jornal Folha de São Paulo.

Ele veio ao Brasil para lançar a sua marca, Tom Ford Mens Wear, na loja Daslu. Ford vive há 22 anos com o jornalista Richard Buckley, ele declarou o seu voto no candidato Democrata Barack Obama, porque, para Ford, o candidato afro-americano, em sua opinião, parece o homem certo “para os americanos neste momento".

domingo, 18 de maio de 2008

Retorno de Jedi

Estamos de volta, após um período recessivo. Tudo na vida tem uma explicação e o BiVolt!, mais que qualquer um, deve uma explicação aos seus internautas.

Seguinte: o blog é uma experiência acadêmica de inclusão social, através de meios digitais eletrônicos. Ele ganhou esse status, desde que o jornalista Álvaro Brandão (blogueiro) iniciou essa experiência durante o curso de Especialização em Processos Midiáticos e novas formas de Sociabilidade, que é realizado pelo grupo Intermídia, do Curso de Comunicação Social, da Universidade Federal de Alagoas. Isso não é pouca coisa.

Ao final de todo curso de Especialização, o pós-graduando deve escrever uma monografia sobre sua experiência, a qual é submetida a uma banca de professores, para conferir-lhe um valor (nota). Nos últimos dias, estávamos empenhados na elaboração desse texto, fato que contribuiu para nós negligenciássemos as atualizações que promovemos no BiVolt! (aos domingos, às 4ª e 6ª-feiras).

Mas, isso acabou. Monografia entregue resta apenas ajustar as correções que, como certeza, serão proposta pela banca de docentes. Isso está previsto para acontecer no mês de junho. Até lá... Bom. Retornamos com o compromisso de ser um meio de comunicação capaz de transformar os valores e noções de cidadania e permitir novas práticas sociais e culturais baseadas num sentimento de “experiências coletivas”, associadas às redes que só os ambientes digitais possibilitam.

Ong alagoana é finalista em seleção de projetos de apoio internacional

A ONG glbttt de Direitos Humanos e Cidadania Pró-Vida foi selecionada como uma das finalistas do Institut Brazil Foundation (http://www.brazilfoundation.org/portugues.html?id=portugues), com o Projeto Cidadania e Cultura: É um Luxo! O projeto aparece em 7ª colocação, sendo a única proposta de Alagoas selecionada. Para Dino Alves (na foto com Fabíola do Brasil), autor do Projeto e coordenador administrativo da Pró-Vida, só o fato de está entre os finalistas já é uma vitória. “Se DEUS permitir vamos executar o projeto”, afirma!

A Brazil Foundation identifica iniciativas de organizações da sociedade civil brasileira e realiza doações anuais nas áreas de Educação, Saúde, Direitos Humanos, Cidadania (incluindo desenvolvimento local) e Cultura.

De acordo com informações no site IBF, uma comissão do instituto vem à Alagoas conhecer a sede da PRÓ-VIDA, onde na oportunidade será apresentada a equipe de trabalho que tem como responsável o ator Pierre Pelegrine (conhecido por sua personagem Pântala Butterfly) e o fotógrafo Flávio Cansanção (que também é colunista e Produtor).

A Brazil Foundation, estabelecida em Nova York como Public Corporation, é organização sem fins lucrativos. No Brasil, a Fundação é registrada como Associação Brazil Foundation, como uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP). Contribuições à Brazil Foundation são dedutíveis nos Estados Unidos até o limite permitido pela lei americana. Com escritório em Nova York e comitês de voluntários em Boston, Califórnia, Flórida e Washington D.C., a BrazilFoundation capta recursos nos Estados Unidos para investimento social qualificado no Brasil. Saiba mais. No Brasil Com escritório no Rio de Janeiro, a Brazil Foundation, aqui, ela atua aplicando seus recursos em projetos sociais em todas as regiões do país através dos programas de Seleção, Monitoramento e Avaliação, Capacitação, Banco de Projetos e Doação Recomendada. Saiba mais. A fundação tem um Conselho Consultivo que guia suas iniciativas e um Conselho Diretor que acompanha de perto as suas operações e desenvolvimento.

França defende descriminalização universal da homossexualidade

A França pretende defender na ONU (Organização das Nações Unidas), enquanto estiver à frente da Presidência rotativa da UE (União Européia) (no segundo semestre do ano), a "descriminalização universal" da homossexualidade, disse neste sábado a secretária de Estado de Direitos Humanos, Rama Yade.

Por ocasião do Dia Internacional contra a Homofobia, celebrado sábado passado (17), Yade se reuniu com associações que lutam contra as discriminações derivadas da orientação sexual.

A secretária de Estado anunciou aos seus interlocutores que o governo francês agora reconhece "oficialmente" a data, segundo um comunicado do Ministério de Assuntos Exteriores.

Yade também apresentou às associações "o princípio de uma iniciativa européia" que pede a "descriminalização universal da homossexualidade" e que a França pretende levar à Assembléia Geral da ONU no próximo semestre.

Os planos da secretária de Direitos Humanos são de que esta iniciativa seja levada adiante "em estreita colaboração" com as associações de homossexuais.

Além disso, Yade se comprometeu a abordar os casos de homofobia constatados em suas viagens ao exterior, conclui a nota. Segundo dados de diferentes ONGs, a homossexualidade continua sendo um delito em quase 80 países.

Muçulmanos simpatizantes da homossexualidade

De acordo com matéria publicada pelo jornal "The Jakarta Post", a homossexualidade foi criada por Alá e é algo natural, por isso deve ser permitido dentro do islã. A informação é resultado de um estudo feito por um grupo de estudiosos muçulmanos na Indonésia.

Segundo a informação, o grupo afirmou que a rejeição sofrida pelos homossexuais na Indonésia por questões religiosas não faz sentido e se deve, em grande medida, a certas interpretações intolerantes do Corão, informou nesta sexta-feira o jornal local.

O membro da Conferência de Religiões e Paz do país, Siti Musdah Mulia, explicou que o livro sagrado para os muçulmanos diz que é uma bênção que todos os seres humanos sejam iguais, independentemente de sua raça, riqueza, posição social ou inclusive sua orientação sexual. "Aos olhos de Deus, as pessoas são avaliadas em função de sua piedade", e julgá-las é "uma prerrogativa divina", ressaltou.

A editora da revista local "Mata Air", Soffa Ihsan, destacou que é necessário continuar com a "Ijtihad", o processo legal de fazer uma nova interpretação dos textos sagrados para evitar que fiquem ancorados no passado. Que Alá seja eterno

Islandês exibe coleção de pênis. Para que?

O islandês Sigurdur Hjartarson (foto) criou um museu inédito no mundo ocidental. O Museu Falológico, que tem como proposta oferecer aos visitantes uma visão mais detida a respeito do que há de grande e de pequeno em termos do órgão sexual masculino. De acordo com a agência Reuters, o museu reúne 261 órgãos preservados de 90 espécies diferentes. Falta um exemplar da espécie humana.

Segundo informação, a coleção dele começou a ser formada em 1974, com um único pênis de boi que se parece com um chicote de equitação. O maior deles, de uma baleia cachalote, pesa 70 quilos e possui 1,7 m de comprimento. O menor, o osso peniano de um hamster, com apenas 2 milímetros de comprimento, precisa de uma lente de aumento para ser visto.

Os pênis, doados em sua maioria por pescadores, caçadores e biólogos, ficam dentro de jarros de vidro preenchidos com formol. Ou ficam dependurados nas paredes após passarem por um processo de ressecamento, criando uma atmosfera que lembra a de um laboratório misturado com uma sala de troféus.

Hjartarson começou a colecionar os pênis 24 anos atrás, quando trabalhava como administrador de uma escola, nem de longe imaginando que um dia seria dono de um museu dedicado ao assunto.

"Aquilo era apenas um hobby", disse, acrescentando que a coleção ficou relegada ao escritório dele até a criação do museu.

A respeito da ausência de um pênis da espécie humana na coleção do museu, o problema já tem prazo para ser sanado. Um alemão, um norte-americano, um islandês e um britânico prometeram doar seus órgãos genitais quando morrerem, segundo certificados exibidos pelo museu.

domingo, 4 de maio de 2008

A Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais – ABGLT divulgou a seguinte Nota Oficial

Caso das Travestis e Ronaldinho

A Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), organização de abrangência nacional com 203 entidades afins afiliadas em todos os estados brasileiros, cuja missão é: promover a cidadania e defender os direitos de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais, contribuindo para a construção de uma democracia sem quaisquer formas de discriminação, afirmando a livre orientação sexual e identidades de gênero, vem a público se posicionar referente ao caso envolvendo três travestis e o jogador de futebol, Ronaldinho:

Primeiramente, afirmamos que a ABGLT é a favor da apuração rigorosa do ocorrido, sem nenhum tipo de pré-julgamento.

Não obstante, ressaltamos que a prostituição não é crime no Brasil, mas que a discriminação é expressamente vetada, conforme os artigos 3º e 5º da Constituição Federal. Ademais, é um preceito fundamental da Carta Magna que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza.

Os meios de comunicação têm mostrado que as autoridades responsáveis pela investigação do caso envolvendo as três travestis e o Ronaldinho vêm tratando as partes envolvidas de maneira diferenciada, de forma discriminatória, contrariando a Constituição. Por exemplo, exigindo que as travestis deponham na delegacia e dispensando essa providência no caso do jogador.

Por outro lado, determinados setores da mídia também têm atuado de maneira a promover o preconceito contra as travestis, seja descrevendo os fatos de maneira a pré-julgar a culpa das profissionais do sexo, seja tratando-as com o artigo masculino ao se referir às mesmas. Nossa reivindicação é que as travestis sejam respeitadas na sua identidade de gênero, que é feminina, e que sejam identificadas por seus nomes sociais, e não pelos nomes de registro, os quais não se adeqüam à sua identidade de gênero. Infelizmente, a maior parte da mídia não tem observado esse princípio, que faz parte, de um direito humano fundamental, preservando a dignidade das pessoas, que têm o direito de ser tratadas como se reconhecem.

1º de maio de 2008

Toni Reis

Presidente da ABGLT

Brasil sedia 1ª conferência sobre aids em presídios da América Latina e Caribe

Segundo o Portal Aids, do Ministério da Saúde, especialistas de 20 países estarão reunidos em São Paulo, entre 5 e 7 de maio, Hotel Golden Tulip, Alameda Santos, 85, Jardins, para discutir a implementação de políticas e acordos de cooperação técnica nas áreas de prevenção, atenção e tratamento da Aids em presídios. Eles participam da 1ª Conferência Regional da América Latina e Caribe sobre HIV e Aids no Sistema Penitenciário.

De acordo com a assessoria, participarão do encontro científico representantes de organismos de governo e da sociedade civil da Argentina, Belize, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Equador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela, além de organizações internacionais relacionadas ao tema.

Na Conferência, será elaborado um documento que servirá de referência para os países realizarem consultas nacionais sobre o tema. A proposta de sediar o evento foi uma sugestão do Programa Nacional de DST e Aids do Brasil, durante reunião ocorrida em abril de 2007, em Buenos Aires.

O encontro também irá estabelecer agendas intersetoriais entre as áreas de Justiça e Saúde, priorizando os direitos humanos, acesso universal à prevenção, atenção e tratamento ao HIV e estratégias de apoio à população penitenciária. Outro resultado esperado é que a sociedade civil desempenhe um papel cada vez mais ativo na formulação e execução de políticas relacionadas à doença nas prisões.

De acordo com estimativa do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV e Aids (UNAIDS), a prevalência da aids entre pessoas privadas de liberdade é mais alta que entre a população em geral, que não cumpre pena. Nos países onde a maior freqüência de transmissão do HIV é por via sexual, o índice de infecção pelo vírus nas cadeias chega a ser duas vezes maior do que na população em liberdade.

As condições de confinamento, de assistência inadequada e a falta de perspectivas são fatores que aumentam a vulnerabilidade dessas pessoas ao HIV/aids e outras doenças sexualmente transmissíveis. Nas prisões, são fatores adicionais de risco o compartilhamento de material usado em tatuagens, piercings e lâminas de barbear, além da esterilização inadequada ou reutilização de instrumentos médicos ou odontológicos. Em todo o mundo, estima-se que mais de 10 milhões de pessoas cumprem pena em prisões.

De acordo com o Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN), do Ministério da Justiça, o Brasil tem 420 mil pessoas presas, mas não há dados gerais sobre o número de detentos infectados pelo HIV. Porém, considerando todos os fatores de vulnerabilidade à saúde da população carcerária, os ministérios da Justiça e da Saúde instituíram, em 2003, o Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário, com o objetivo de organizar o acesso dessa população ao Sistema Único de Saúde (SUS).

A Conferência é uma parceria entre os ministérios da Saúde e da Justiça, Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores, o Grupo de Cooperação Técnica Horizontal sobre HIV e Aids para América Latina e Caribe (GCTH), o Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC), o UNAIDS, o Instituto Latino-Americano das Nações Unidas para Prevenção do Delito e Tratamento do Delinqüente (ILANUD), o Centro Internacional de Cooperação Técnica em HIV e Aids (CICT), a Agência de Cooperação Alemã (GTZ) e o Departamento Britânico para o Desenvolvimento Internacional (DFID).

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Nossa menina em Brasília

Dino Alves, diretor da ONG Pró-Vida, representou Alagoas, durante o Seminário Nacional de Direitos Humanos e HIV/Aids. O encontro debateu a inclusão social, trabalho e previdência para pessoas com HIV. Esta foi a segunda edição do evento, realizado em Brasília (DF), nos dias 29 e 30 de abril.

A proposta do encontro é discutir a inclusão social das pessoas que vivem com HIV, junto com representantes do governo e da sociedade civil, onde o tema foi debatido de forma interdisciplinar, com enfoque na qualidade de vida e promoção da cidadania das pessoas com HIV/aids. O seminário foi transmitido no www.aids.gov.br/mediacenter.

Além disso, foram discutidas questões, como aspectos clínicos e sociais de quem vive com HIV, vulnerabilidades, direito à privacidade e reinserção social , entre outros.

Estiveram presentes ao Seminário Coordenações Estaduais e Municipais de DST e Aids, do Ministério Público, dos Ministérios da Saúde, do Desenvolvimento Social, do Trabalho e da Previdência, e da Secretarias Especial de Direitos Humanos da Presidência da República. Outras instâncias do governo que debatem a promoção e defesa dos direitos humanos das pessoas que vivem com HIV e Aids, assim como das populações vulneráveis à epidemia, também participarão do seminário.

O acesso à terapia anti-retroviral, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 1996, também esteve em pauta, porque foi considerado um dos fatores responsáveis pela queda nos índices de mortalidade em decorrência da Aids. Entre 1995 e 2005, a redução foi de 27% - caindo de 15.156 para 11.100 óbitos. “Isso significa que as pessoas, hoje, estão vivendo com Aids e elas precisam estar inseridas na sociedade, inclusive por meio do trabalho”, avalia a diretora do Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde, Mariângela Simão.

“Mesmo com o engajamento da sociedade brasileira em ações de denúncia das situações de violação de direitos dessas pessoas, ainda persistem situações de estigma, discriminação e exclusão, especialmente no âmbito do trabalho”, diz Mariângela Simão.

Com o seminário, o Ministério da Saúde propõe a construção de uma agenda intersetorial, com participação das áreas de seguridade social, desenvolvimento.

O objetivo é integrar as políticas públicas e promover a cooperação das redes de atores e instituições que atuam no campo dos direitos humanos, saúde, assistência, previdência, trabalho, seguridade social, emprego e renda voltados às pessoas que vivem com HIV/aids.