quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Fila do desemprego

O Ministério da Saúde está com uma pesquisa em andamento sobre o estigma ao HIV/Aids no mercado de trabalho. Até agora, os primeiros levantamentos mostram a necessidade de se enfrentar o preconceito neste setor que tem demonstrado uma face cruel de exclusão. A pesquisa entrevistou 1.246 mil pacientes de Aids de todo o país e observou que 58% dos homens que tiveram diagnóstico da doença não trabalham enquanto a proporção masculina de desempregados na população em geral é de 33%; R$ 785 é a renda média entre os pacientes de Aids enquanto a renda média da população brasileira é de R$ 936 (PNAD, 2005) – apesar de o grau de escolaridade de quem tem aids ser mais alto; e que 20,6% dizem ter perdido o emprego em decorrência da descoberta da infecção pelo HIV. Num contexto social cruel, o ministério acredita que só através do conhecimento e da informação será possível reverter a situação, por isso, está implantando um programa de formação de líderes no tema HIV/Aids. O programa vai contemplar 27 jovens (de ambos os sexos entre 16 e 24 anos), com uma bolsa de iniciação profissional no valor de R$ 472 pelo período de 11 meses. A expectativa é que, ao final da formação, os jovens estejam mais preparados para debater, opinar e atuar nas ações de enfrentamento à epidemia. O MS espera que a formação possibilite que no futuro eles possam ocupar espaços de controle social, em especial no SUS, e também de gestão governamental. Os critérios para participar da seleção estão no edital, disponível nos sites aids.gov.br/selecaopublica, ou no pacbrasil.org. A expectativa é que na primeira quinzena de setembro saia o resultado da seleção. As inscrições do program de formação de líderes encerra dia 17 de agosto. O projeto é uma parceria do PN de DST e Aids, com a ONG Pact Brasil, USAID e UNICEF, UNAIDS, UNFPA, UNESCO e UNODC. Eles vão observar a rotina da gestão e de serviços nos CTAs, nos SAE e hospitais-dias; e conhecer os trabalhos desenvolvidos por OSC que realizam as ações de prevenção e de apoio a pessoas vivendo com aids.

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