quinta-feira, 24 de setembro de 2009

"Estupro corretivo"

A Corte Sul-africana condenou Themba Mvubu, de 24 anos, à prisão perpétua, e Thato Mphithi, de 23, há 32 anos. Para ativistas de defesa dos direitos dos homossexuais que acompanharam o processo foi "um avanço". Eles foram julgados e condenados por estuprar e matar a jogadora Simelane, de 31 anos, atacante da seleção feminina sul-africana, que ficou conhecida por ser uma das poucas mulheres do país a assumir publicamente sua homossexualidade. Ativistas usaram o julgamento para tentar chamar a atenção para o aumento de casos no país do que chamam de "estupro corretivo", que teria por objetivo punir a vítima ou "curá-la" de sua orientação sexual. Naquelas bandas, a situação das lésbicas não é nada fácil. Segundo o site BBC Brasil, o Serviço Policial Sul-Africano divulgou seu relatório anual, indicando um crescimento de 10% em relação ao ano anterior. Além disso, um estudo realizado no início do ano em algumas regiões da África do Sul mostrou que um em cada quatro homens admitiu já ter forçado uma mulher a fazer sexo contra sua vontade. Simelane não é a única vítima com notoriedade no Cabo das Tordesilhas. Recentemente, atleta sul-africana Caster Semenya, teve o gênero sexual contestado pela Federação Internacional de Atletismo após ela ter conquistado a medalha de ouro nos 800m, no Mundial de Atletismo realizado em julho, em Berlim. Segundo a imprensa do país, Semenya estaria agora recolhida e sob estado de grande estresse emocional.

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