quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Entrevista com Ridna Mota

A advogada e estudante de História do Cesmac Ridna Mota é a primeira diretora LGBT da UNE, um feito inédito no movimento estudantil, que sempre teve olhar voltado às questões de política partidária. Ela conversou com a coluna BiVolt! e explicou o que tudo isso significa, em prol dos LGBTs, claro.
O que significa a diretoria LGBT da UNE?
A diretoria LGBT da UNE foi criada em 2005, e representa uma importante conquista do segmento no campo estudantil; pois reflete a grande quantidade de demandas existentes nas universidades brasileiras na luta contra a homofobia e pela Diversidade Sexual. A universidade e o próprio movimento estudantil são espaços onde o preconceito de orientação sexual e o machismo são muito arraigados, reflexo da sociedade heterenormativa em que vivemos.
Como é, atualmente, a atuação do movimento LGBT no meio estudantil?
Existem, por todo o país, diversos Coletivos Universitários de Combate à Homofobia e pela diversidade sexual que atuam cotidianamente nas universidades. Contudo, essa atuação ainda é muito espontânea não havendo uma Rede que consiga aglutinar as diversas lutas de maneira a criar uma agenda de atuação nacionalizada.
Em quais frentes, a diretoria LGBT da UNE vai atuar?
A diretoria pretende construir e fortalecer o diálogo com os coletivos universitários já existentes, fomentar a criação de mais coletivos pelo país. Criar um Grupo Permanente de Trabalho composto por estudantes de todas as regiões do Brasil. Também é tarefa imprescindível desta diretoria realizar o 1° Encontro de Estudantes LGBT da UNE. Para que possamos criar uma agenda real do movimento e encampar com maior força dentro das universidades a luta pela livre orientação sexual.
No ENUDS deste ano o que de mais interessante foi definido?
O Encontro Nacional Universitário de Diversidade Sexual discutiu a fundo a necessidade de interligar as lutas, os eventos, as atividades. Foi definido que o ENUDS, mais que um importante espaço de discussão acadêmica sobre os temas da diversidade sexual e das identidades de gênero, tem de ser também um pólo aglutinador dos diversos movimentos sociais que lutam contra a homofobia e pela diversidade sexual.

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