sexta-feira, 10 de julho de 2009

R$ 6 milhões para pesquisas em DST e HIV/Aids

Instituições de pesquisa de todo o país vão contar com R$ 6,05 milhões para financiamento de pesquisas em HIV/aids e outras doenças sexualmente transmissíveis. O investimento, fruto de acordo de cooperação técnica entre o Departamento de DST e Aids do Ministério da Saúde e a Unesco, contempla quatro áreas: diagnóstico, monitoramento, assistência e tratamento; clínica-epidemiológica; comportamental e economia da saúde. A iniciativa visa a ajudar o país a aprimorar as políticas públicas de enfrentamento da epidemia, além de contribuir para a melhoria na qualidade das ações existentes. O prazo para apresentação de projetos vai até o dia 17 de agosto. Os interessados encontram todas as informações e o formulário para proposta disponíveis na internet nas páginas www.aids.gov.br e www.unesco.org.br. O resultado da chamada de seleção será publicado no início de outubro e o repasse de recursos para as organizações científicas começa até o fim do ano. “Além de qualidade científica, as informações produzidas por essas pesquisas vão preencher lacunas importantes no entendimento do quadro epidemiológico do HIV/AIDS e das DST e orientar a tomada de decisão governamental no enfrentamento à epidemia”, afirma Cristina Possas, responsável da Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Departamento de DST e Aids. Seleção – A classificação dos projetos levará em conta mérito científico, estrutura da proponente e relevância da pesquisa. Podem se candidatar instituições de pesquisa e ensino públicas e privadas, organizações não governamentais e serviços de saúde. As entidades têm de entrar com contrapartida de 10% do total a ser recebido e os gastos com pessoal podem comprometer, no máximo, 40% do orçamento final da pesquisa. O processo de seleção é realizado por reconhecidos cientistas, com o apoio de pareceristas ad hoc, assegurando a transparência do edital. As propostas com maior valor previsto na seleção receberão R$ 800 mil e pertencem às áreas clínica-epidemiológica e comportamental. As linhas temáticas são voltadas, respectivamente, para estudos sobre o perfil e qualidade de vida de crianças e adolescentes vivendo com HIV/Aids e sobre comportamentos, atitudes e práticas nas populações das travestis. Os dois segmentos carecem de informações epidemiológicas e estratégias de inserção socioeconômica. “Até hoje não se sabe exatamente quem são essas crianças”, observa Cristina, ao complementar que as travestis são outro importante alvo de pesquisas. De acordo com ela, é complicado promover a saúde dessa população sem conhecer as condições de vulnerabilidade a que está exposta.

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