domingo, 2 de março de 2008

10 anos do caso Shepard

Além dos 200 anos da chegada da Família Real ao Brasil, o ano de 2008 comemora também os 10 anos da morte de Matthew Shepard (21a), encontrado por ciclistas em estado de coma num poste de madeira em Laramie, 30 milhas a noroeste de sua cidade, Cheyenne, no estado de Wyoming, Estados Unidos. Brutalmente espancado, o rapaz teve seu crânio esmagado (provavelmente pela coronha de um revólver) e foi abandonado ao relento em uma noite de temperaturas abaixo de zero. O rapaz morreu cinco dias depois.

Este foi o caso de homofobia que mais ganhou repercussão na sociedade americana, ganhou bastante destaque em capas de jornais e levou a uma série de manifestações e declarações, inclusive do então presidente Bill Clinton, contrárias à homofobia e crimes de ódio antigays; sobretudo, por ter acontecido numa das regiões mais conservadoras dos EUA.

Após a morte do filho, Dennis e Judy Shepard fundaram a The Matthew Shepard Foundation, uma fundação para combater os crimes de ódio e continuar contando a história de Matthew.

Segundo nota divulgada na imprensa, a Fundação fará uma forte campanha anti-ódio. A intenção é que engajar o público em geral na missão "Replace Hate with Understanding, Compassion and Acceptance", algo como “Substitua o Ódio com Entendimento, Compaixão e Aceitação”, em tradução livre. A campanha começa dia 29 de março, no estado de Denver, Colorado, durante o “7th Annual Bear to Make a Difference Gala”, um baile de gala destinado a pessoas que fazem a diferença, onde, entre presença de drag queens e artistas, acontece também um leilão de ursos Teddys assinados por celebridades.

Ah!, os assassinos do rapaz foram os desocupados Aaron McKinney e Russell Henderson, que na época tinham 22 e 21 anos respectivamente. A dupla foi condenada por homicídio e sequestro e, no caso de Mckinney, roubo, o que lhes valeu duas sentenças de prisão perpétua. A história é clássica. Os dois abordaram Matthew na saída do bar Fireside Lounge dizendo também serem gays. Ambos já tinham fama de homofóbicos radicais e os dois já haviam sido antes julgados por outros crimes como roubo e espancamento.

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