quarta-feira, 26 de março de 2008

Ponto fraco

Os dados do Ministério da Saúde consideram que alguns fatores contribuem para a vulnerabilidade desse segmento. O plano aponta o desrespeito aos direitos humanos, à orientação e à identidade sexual; as dinâmicas dos espaços de sociabilidade típicos desse grupo (pontos de pegação, cinemas, saunas, parques e banheiros públicos) e a prevenção entre parceiros como itens de vulnerabilidade. Até o final do ano, serão realizadas oficinas nas cinco regiões do país para discutir e definir agendas locais para implementar o plano, que prevê ações até 2011.

O plano foi bem recebido pelas organizações não-governamentais que trabalham com os GLBTT. O representante da Associação Nacional de Travestis (ANTRA), Keila Simpson, e uma das colaboradoras do Plano, explicou que as travestis precisam de apoio para reduzir o preconceito e a discriminação que as envolve. “Travesti não é homem nem mulher e isso precisa ser respeitado. É muito bom poder discutir abertamente este tema com um governo que nos ouve”. Em janeiro, pela primeira vez, um grupo de travestis foi recebido pelo ministro da Saúde.

O presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transsexuais (ABGLT), Toni Reis, também elogiou o plano e lembrou a realização da I Conferência Nacional de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transgêneros (GLBT), que será em maio, em Brasília. “O Ministério da Saúde tem se mostrado extremante sensível à nossa causa e isso é um avanço. Estamos saindo do armário. Este é o caminho para atingirmos a cidadania plena”.

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