domingo, 2 de março de 2008

Renunciou poque quis

O Grupo Gay da Bahia realiza, agora em março, na cidade de Salvador, uma exposição de fotos e de cartas-depoimentos, que documentam a homofobia que ainda existe em Cuba. O evento é o início de uma campanha que o grupo está fazendo para que o ex-ditador Fidel Castro, faça uma reparação e “peça perdão pelos graves erros da revolução cubana, responsável pela desmoralização, perseguição, prisão em campos de concentração com trabalho forçado, tortura, expulsão e morte de milhares de gays, travestis e lésbicas”, dizia a nota do GGB.

Só para se ter uma idéia, durante o período Fidel, o governo de Cuba deportou quase 1.700 homossexuais (que eles julgaram que jamais seriam soldados); Fidel Castro perseguiu inúmeros artistas e escritores cubanos, incluindo o poeta norte-americano Alien Ginsberg, expulso por ter divulgado que o irmão de Fidel, Raul Castro, era homossexual enrustido.

Até hoje, a vida dos homossexuais em Cuba não é fácil. Segundo Luiz Mott, antropólogo e fundador do Grupo, a entidade dispõe de duas dezenas de cartas de gays cubanos, recebidas nos últimos 30 anos, “todos buscando avidamente um companheiro no Brasil para fugir do inferno que ainda hoje representa ser gay num país que não aprendeu a lição de Che Guevara”. Foi renunciar porque quis.

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