sexta-feira, 2 de maio de 2008

Nossa menina em Brasília

Dino Alves, diretor da ONG Pró-Vida, representou Alagoas, durante o Seminário Nacional de Direitos Humanos e HIV/Aids. O encontro debateu a inclusão social, trabalho e previdência para pessoas com HIV. Esta foi a segunda edição do evento, realizado em Brasília (DF), nos dias 29 e 30 de abril.

A proposta do encontro é discutir a inclusão social das pessoas que vivem com HIV, junto com representantes do governo e da sociedade civil, onde o tema foi debatido de forma interdisciplinar, com enfoque na qualidade de vida e promoção da cidadania das pessoas com HIV/aids. O seminário foi transmitido no www.aids.gov.br/mediacenter.

Além disso, foram discutidas questões, como aspectos clínicos e sociais de quem vive com HIV, vulnerabilidades, direito à privacidade e reinserção social , entre outros.

Estiveram presentes ao Seminário Coordenações Estaduais e Municipais de DST e Aids, do Ministério Público, dos Ministérios da Saúde, do Desenvolvimento Social, do Trabalho e da Previdência, e da Secretarias Especial de Direitos Humanos da Presidência da República. Outras instâncias do governo que debatem a promoção e defesa dos direitos humanos das pessoas que vivem com HIV e Aids, assim como das populações vulneráveis à epidemia, também participarão do seminário.

O acesso à terapia anti-retroviral, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 1996, também esteve em pauta, porque foi considerado um dos fatores responsáveis pela queda nos índices de mortalidade em decorrência da Aids. Entre 1995 e 2005, a redução foi de 27% - caindo de 15.156 para 11.100 óbitos. “Isso significa que as pessoas, hoje, estão vivendo com Aids e elas precisam estar inseridas na sociedade, inclusive por meio do trabalho”, avalia a diretora do Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde, Mariângela Simão.

“Mesmo com o engajamento da sociedade brasileira em ações de denúncia das situações de violação de direitos dessas pessoas, ainda persistem situações de estigma, discriminação e exclusão, especialmente no âmbito do trabalho”, diz Mariângela Simão.

Com o seminário, o Ministério da Saúde propõe a construção de uma agenda intersetorial, com participação das áreas de seguridade social, desenvolvimento.

O objetivo é integrar as políticas públicas e promover a cooperação das redes de atores e instituições que atuam no campo dos direitos humanos, saúde, assistência, previdência, trabalho, seguridade social, emprego e renda voltados às pessoas que vivem com HIV/aids.

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