domingo, 25 de maio de 2008

EDITORAIL

Consciência de açougueiro

A comissão organizadora da Parada do Orgulho Gay de São Paulo tomou algumas providências, mas na essência mesmo o evento serve para a grande maioria dos participantes de cenário para práticas sexuais, excesso de exposição e uma busca por um espírito de liberdade que muitos não gozam nas suas cidades de origem. Os excessos são sempre visíveis e o primeiro e mais expressivo foi a morte de Lucas Cerqueira de França, 24 anos, encontrado morto na piscina do Hotel Mercure, no Bairro dos Jardins, zona nobre da capital paulista. Depois de duas festas e vários êxtases, os garotos (três) foram encerrar a maratona de sexo, drogas e muito pancadão no hotel. Para eles, a festa acabou ali. Um foi para o cemitério e os outros dois para a polícia, se explicar. Foram encontrados maconha, bebidas alcoólicas e os comprimidos que têm feito a alegria de gays desavisados, o êxtase.

O que era para ser uma manifestação política, alguns gays aproveita para se exporem de maneira pejorativa, reforçando o preconceito que diz que todo gay é inconseqüente, umas porras louquinhas. E esse não será o único caso. Ano passado, depois da Parada, a cidade presenciou uma série de atentados contra os homossexuais que prestigiaram o evento. O que mais se destacou foi o assassinato de um turista francês na Alameda Franca (lembra?).

Para o hotel, de alto padrão, a imagem que ficou foi negativa. Para os organizadores, vai sobrar um ano inteiro de convencimento para as empresas paulistas voltarem a investir no evento. Ainda bem, que nessas horas, o poder aquisitivo das bee... fala mais alto.

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