terça-feira, 29 de abril de 2008

NADA FÁCIL VIDA, OU A VIDA NÃO É NADA

Não está sendo fácil para o Grupo Gay de Alagoas levantar informações para elaborar um relatório sobre inquéritos dos assassinatos com características de crimes homofóbicos em Alagoas. O grupo, assim como acontece em todos os Estados do Brasil, pretende reunir informações a respeito dos assassinatos de homossexuais nos últimos dez anos, identificando nome das vítimas, tipo de crime, culpados e andamento do inquérito. De acordo com os primeiros levantamentos, chegou-se a uma constatação terrível: o número de homossexuais mortos é maior que os dados oficiais e 46 investigações não foram concluídos. Para o presidente do GGAL, Teddy Marques, a pesquisa revelou ainda uma face cruel: a forma descompromissada como os delegados tratam os inquéritos que presidem. “Alguns tentam mudar o ponto de vista do inquérito, comparando crimes homofóbicos, com crimes passionais e muitos deles alegam que a gente vê preconceito em tudo,” declarou Teddy estarrecido. Segundo o presidente do GGAL, os crimes homofóbicos se caracterizam pelo requinte de crueldade como são praticados. “Uma facada pode matar um indivíduo, mas o homossexual leva mais de uma dezena. Um tiro pode matar, mas o homossexual é torturado e violentado antes do disparo”, explicou.

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