quarta-feira, 12 de setembro de 2007

A DESAVISADA

Encontra-se em maus lençóis o movimento gay de Alagoas. Um disputa interna pelo poder na Secretaria da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos, somado ao total despreparo dos nomeados pelo governador Teo Vilela para garantir os direitos universais das minorias têm provocado situações constragedoras, brigas e rachas com as lideranças do movimento gay local. Esta semana (dia 11), a Secretaria inaugurou, no Centro da cidade, um Centro de Refrência contra Violência e Discriminação para os GLBTT.

As diferenças entre a secretária e o segmento gay de Alagoas, começou durante o Encontro de Grupos Homossexuais do Nordeste (EGHON), ocorrido em Maceió, no mês de agosto. Na oportunidade, a secretária Wedna Mirando ao anunciar a inauguração do centro para setembro, ela bateu de frente com o tesoureiro do GGAL Marcelo Nascimento, que acusou-a de “incompetente” e denunciou “a gestão desastrosa” dela na pasta. O centro foi inaugurado descumprindo acordo com Ministério da Justiça e não foram convidados as ONGs Pró-Vida e o Grupo Gays Afro-Descendentes Filhos do Axé.

Para Dino Alves, as instituições estão sendo perseguidas por que não concordam com as irregularidades cometidas no processo de seleção dos profissionais para atuarem no Centro. “O advogado selecionado já tinha seu nome no quadro de Recursos Humanos do projeto meses antes da Portaria de Seleção ser publicada no Diário Oficial”, denunciou Dino Alves, coordenador do Pró-Vida.

Com base em várias irregularidades as ONG’s Grupo Gay Afro-Descendentes Filhos do Axé e Pró-Vida estão pedindo a Procuradoria Geral do Estado, ao Ministério Publico e a Secretaria Especial de Direitos Humanos, do Ministério da Justiça a anulação da seleção.

Para completar a desordem, o governador Teo Vilela nomeou Elias Barros (um evangélico, “laranja” e dublê de condidato a governador), conhecido por “Elias Maluco” para o cargo de superintendente de Minorias, na pasta de Miranda. De acordo com fontes do governo, diariamente, Elias vai ao Gabinete Civil do Palácio República dos Palmares, com a intensão de fazer a caveira da secretária junto ao primeiro escalão.

Miranda esquentou ainda mais a briga, ao declarar que “Elias Barros estava no governo por que serve para o papel que fez durante as eleições”. Além do pedido de anulação da seleção dos advogados, o Pró-Vida e o grupo Filhos do Axè informaram que romperam qualquer tipo de parceria com a Secretaria da Mulher Cidadania e Direitos Humanos e principalmente com a Superintendência de Minorias, que é coordenada pelo evangélico “Maluco”. Segundo o pai de santo Elias de Airá, Presidente do Grupo Gay Afro-Descendentes Filhos do Axé não é a primeira vez que a secretária Miranda exclui os dois grupos, para beneficiar um único grupo “vinculado ao Partido dos Trabalhadores”, declarou a liderança.

Um comentário:

Marcelo Nascimento disse...

Álvaro, leio atentamente as noticias de seu blogg e acho um trabalho muito legal. Sobre a noticia acima, nunca afirmei em momento algum que Secretaria da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos, fosse INCOMPETENTE. Trata-se de um release FABRICADO por DINO ALVES, esse rapaz que está fazendo um verdadeiro DESERVIÇO ao movimento gay alagoano. Portanto, pelo que corriga a informação. Marcelo Nascimento