Num dos trechos da matéria, o ministro do supremo se refere aos gays como cidadão dignos. “São 18 milhões de cidadãos considerados de segunda categoria: pagam impostos, votam, sujeitam-se a normas legais, mais, ainda assim, são vítimas de preconceitos, discriminações, insultos e chacotas”.
Para Marco Aurélio a atuação do Judiciário gaúcho em favor do reconhecimento de direitos dos homossexuais serve de exemplo, garantindo pensão em caso de morte do companheiro, adoção de crianças e herança. “O Judiciário gaúcho sobressai pela modernidade, havendo sido o primeiro a julgar ações ligadas a vínculos homoafetivos na vara de família, e não na cível”.
Leia o que ele disse ainda:
”É fato: nos últimos anos, alguns tabus foram por água abaixo, como a concepção de que homossexuais não poderiam adotar. Desde 1984, quando retirada a homossexualidade do rol das doenças, esse argumento deixou de respaldar práticas abusivas, como tratamentos psiquiátricos. A melhor notícia parece ser a censura social: hoje em dia é politicamente incorreto defender qualquer causa que se mostre preconceituosa. Se a discriminação racial e a de gênero já são crimes, por que não a homofobia?”
”Felizmente, o aumento do número de pessoas envolvidas nas manifestações e nas organizações em prol da obtenção de visibilidade e, portanto, dos benefícios já conquistados pelos heterossexuais faz pressupor um quadro de maior compreensão no futuro”.
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