segunda-feira, 22 de outubro de 2007

O ÓDIO VELADO NÃO TEM DESCANSO

A guerra contra a homofobia e a disseminação do ódio não tem trégua. Esta semana, foi acrescentada a longa lista de atos de homofobia mais duas manifestações de preconceito. Na última quinta-feira (18/10), o senador Magno Malta (PR/ES) se colocou na condição de mais um inimigo declarado da luta contra a homofobia. Ele declarou seu ódio pela causa, durante discurso em plenário. Segundo quem acompanhou o fala do parlamentar, Malta não se mostrou somente contrário a aprovação do PLC 122/06. Pior: mostrou todo seu despreparo para debater o assunto e deixou claro como ainda falta noção e bom senso aos nossos representantes de que o Estado brasileiro é laico.

Magno Malta (o bonitão da foto) é da ala de evangélicos que invadiu as cadeiras do Senado e da Câmara Federal e que, travestidos de "homens de Deus", tentam reescrever os destinos das pessoas, baseados no ódio e o preconceito. Eles arregimentando uma legião de fiéis, prometendo-lhes a salvação eterna, mediante o pagamento de dízimos.

Entenda porque Malta não é digno de ser representante do povo: no entender do Senador, o projeto de lei, de autoria da ex-deputada Iara Bernardi, que criminaliza a homofobia irá punir pastores que proibirem homossexuais de se beijarem dentro de igrejas.

De acordo com o site A Capa, o senador declarou que não se pode discriminar o gesto afetivo, “ou seja, eles podem se beijar no banco da igreja e o padre não pode dizer 'olha, não beijem aqui, porque isso aqui é uma igreja' está discriminando o gesto afetivo, é crime. Podem estar tendo (sic) um ato sexual embaixo da sua janela, você não pode dizer 'aquelas são as minhas crianças, isso é um condomínio, por favor', você vai preso, discriminou o gesto afetivo". Achando pouco, o senador ainda comparou a homossexualidade à pedofilia e necrofilia e disse ainda que sua preocupação é em “relação à lei é que um pedófilo diga que transar com crianças é sua orientação sexual”.

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