quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Ano Novo, novas contestações

Segundo nota divulgada pela assessoria de comunicação do GGAL, mais de dez entidades GLBT protocolaram ofícios dirigidos ao governador de Alagoas, exigindo a exoneração do gerente do Núcleo da Diversidade Sexual, Otávio de Oliveira Bezerra , Coordenação da Diversidade Sexual da Secretaria Estadual da Mulher e da Cidadania.

No documento encaminhado ao governador, o presidente do Instituto Iguais de Coruripe, Artur Santos, afirma que o gerente não tem correspondido às expectativas do movimento GLBT deixando a desejar com relação a sua atuação no cargo.

“Trata-se da ocorrência de equívocos sucessivos que tem prejudicado a imagem do governo estadual junto ao movimento GLBT. Um deles tem sido a falta de capacidade política de dialogar com os diferentes atores sociais do movimento GLBT, posicionando-se sempre em função de interesses pessoais e eleitoreiros”, diz o documento.

Segundo Teddy Marques, presidente do Grupo Gay de Alagoas, “as demonstrações de incompetências são tantas que podem ser elencadas: o Conselho Estadual de Combate a Discriminação, por exemplo, foi promulgado pelo presidente da Assembléia Legislativa em 15 de agosto de 2007, através da Lei Estadual nº 6.842, passados cinco meses a gerência ainda não convocou uma reunião para instalação do referido conselho, apesar das reiteradas solicitações desta entidade; O Centro de Referência Contra a Homofobia, projeto financiado pelo Governo Federal, foi inaugurado mais continua sem funcionamento desde setembro de 2007; as 12 paradas do orgulho gay que ocorreram em 2007 nas cidades de Arapiraca, Delmiro Gouveia, União dos Palmares, Viçosa, Coruripe, Penedo, São Miguel dos Campos, Maceió, Pilar, Teotônio Vilela, Atalaia e Messias, não tiveram nem sequer a presença física do gerente da diversidade sexual, Otávio de Oliveira Bezerra, o que demonstra a falta absoluta de compromisso com este segmento populacional.”

Para Israel Soares, presidente da Associação Homossexual do Complexo Benedito Bentes II, outro agravante tem sido a postura de total omissão por parte do gerente com relação aos assassinatos de homossexuais no Estado de Alagoas, negando-se a solicitar providencias e informações aos órgãos de segurança pública, bem como, ausentando-se do acompanhamento de tais casos de violência homofóbica.

Conforme Djalma Roseno, presidente do Grupo Quilombolas GLBT de União dos Palmares, a permanência de Otávio Bezerra a frente da gerência da diversidade sexual poderá comprometer a atuação do governo estadual na busca de soluções para violência que acomete este segmento e em médio prazo a construção de uma relação respeitosa e pró-positiva entre o movimento GLBT e o executivo estadual.

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