sábado, 12 de janeiro de 2008

Na Espanha, em alta a carne brasileira

Ministério da Saúde espanhol realizou em parceria com o governo regional de Madri e a ONG Triângulo um estudo para traçar o perfil dos profissionais do sexo que atuam na cidade espanhola. O estudo, publicado no site da BBCBrasil, mostrou que quase 70% dos homens que se prostituem no país são brasileiros. Segundo a informação, a chegada em massa de brasileiros à Espanha a partir de 2005 disparou os índices de prostituição no país. Segundo levanto realizado, até 2005, os brasileiros representavam 36% do total do mercado. Em 2006, chegaram a 55% e no ano passado subiram para 68,8%. Os espanhóis eram apenas 12% até o fim de 2007.

Sete mil homens foram ouvidos na pesquisa denominada Trabalhadores masculinos do sexo.

Segundo o que está publicado na BBCBrasil, o perfil dos brasileiros que se prostituem na Espanha é de jovens entre 17 e 28 anos, homossexuais (75%), com baixo índice de escolaridade, situação ilegal e inexperientes, o que sugere que não tinham a mesma atividade no Brasil. “A grande maioria decide permanecer nesse setor por dinheiro. Ao contrário das mulheres, que muitas vezes chegam enganadas e pressionadas por máfias, os homens sabem onde estão e exercem por vontade própria”, disse Maria Pelaez, antropóloga que coordenou o estudo.

O levantamento concluiu também que a prostituição masculina é tida como “invisível” porque usa métodos mais discretos se comparados com os das mulheres. Somente 1% coloca anúncios nos jornais e 9% estão nas ruas. A maioria (61,4%) atua em saunas gays, e o restante busca clientes de outras formas, como por meio da internet e trabalhando em prostíbulos.

A respeito da Aids, o estudo alerta também para o alto risco de contágio do vírus do HIV, alegando que é 25 vezes maior entre os homens. Dos entrevistados, 19,8% mostraram ser soropositivos no primeiro teste de HIV. Entre os que fizeram o exame e ele deu negativo, 6% foram infectados dias depois, o que ficou comprovado no segundo teste.

De acordo com a informação, um dos objetivos foi o de atuar na prevenção, “porque há um problema grave que está aumentando. Entre as mulheres, o índice de contágio é de apenas 1%” disse o médico Jorge del Romero, um dos autores do trabalho.

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