segunda-feira, 2 de julho de 2007

Pesquisa aponta Paraná favorável à criminalização da homofobia

Uma pesquisa ao vivo na quinta-feira, dia 28, durante a exibição do programa Tribuna na TV, apenas para o estado do Paraná, pelo SBT, constatou que a maioria dos paranaenses é favorável à aprovação do Projeto de Lei 122/06; a lei criminaliza a discriminação sexual no País. Segundo os resultados divulgados, 56% dos paranaenses disseram concordar com a nova lei e 44% demonstraram contrariedade. Para o ativista Toni Reis, presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), é necessário destacar a importância que a aprovação do PL terá na redução dos casos de discriminação e violência sofridos pelos gays “comprovadamente em nossa sociedade”. “Se, na redação do projeto de lei, substituirmos a palavra ‘homossexual’ pela palavra ‘negro’ ou ‘judeu’, por exemplo, perceberemos que a lei é ética e correta. Ninguém quer que o negro seja discriminado no trabalho, em um hotel, ou repartição pública. (...) O que o projeto de lei propõe são as mesmas garantias para os GLBT”, explica Toni. O ativista declarou ainda que o maior desafio da aprovação dessa lei são os deputados religiosos, que, segundo ele, querem impor seus dogmas em proposições legislativas, sendo que boa parte delas é contrária aos direitos da comunidade gay. Outro dado destacado por ele é o resultado de um estudo conduzido pelo Núcleo de Estudos da Violência, da USP (Universidade de São Paulo), apontando o Paraná como o estado mais homofóbico da região sul. Segundo Toni, isso deixa clara a urgência de uma proteção maior do Estado. “Dos 26 assassinatos de GLBT no Sul, 13 ocorreram em nosso estado, o que demonstra o mais alto índice de violência da região. Isto é mais um dado que reforça a necessidade de uma legislação específica para coibir a discriminação e a violência decorrente dela.”

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