domingo, 15 de julho de 2007

VIDA DE MILITANTE

Cláudia Paulino é um exemplo de trabalho voluntário. Há 10 anos ela está militando em favor da causa gay de Alagoas e atualmente coordena o atendimento as mulheres, profissionais do sexo de Maceió, pelo Grupo Pró-Vida. Cláudia também faz parte do Grupo Gay Afro-descendentes Filhos do Axé. Nessa entrevista ela fala das dificuldades de ser gay, negro e praticante do candomblé.

BiVolt! – como é ser voluntária de projetos de defesa dos direitos dos segmentos sociais em situação de exclusão?

Cláudia – é diferente. As pessoas criticam, mas foi aonde eu me encontrei enquanto pessoa. Aliás, trabalhar com o mundo gay é melhor que o mundo dos héteros. O lado gay é mais divertido.

BiVolt! – como é a condição da mulher afro-descendente?

Cláudia – não sou gay, mas sofro o mesmo tipo de descriminação.

BiVolt! – qual o trabalho que é realizado pelos Filhos do Axé? Quais são as principais dificuldades que esse segmento enfrenta?

Cláudia – O Grupo Gay Afro-descendente Filhos do Axé trabalha a questão dos homossexuais negros e adeptos da religião de matriz africana, na prevenção de DST/Aids. Eles são três vezes descriminados; por ser gay, por ser negro e por ser do candomblé.

BiVolt! – quais os problemas que eles trazem para o Grupo?

Cláudia – Tem muita gente que não gosta dos gays negros e do candomblé. Mas, os evangélicos os afrontam com um preconceito diário.

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