domingo, 22 de julho de 2007

É preciso está sempre em alerta

Segundo informações divulgadas pelo Hospital-Escola Hélvio Auto cresceu número de alagoanos com vírus HIV no primeiro semestre deste ano. O hospital é um dos centros de referência em Aids em Alagoas e baseou esses dados no número de alagoanos contaminados pelo vírus HIV ocorridos entre janeiro até dia 17 de julho. Nesse período, o hospital notificou 78 casos, sendo 56 deles confirmados.

Os dados do Hélvio Auto sobre pacientes soropositivos (ou seja, que têm a doença) apontam para um dado alarmante; eles mostram que é cada vez maior o número de mulheres, jovens e idosos contaminados. E mais ainda, os levantamentos revelam que a doença tem atingido cada vez mais pessoas na classe pobre. Assim, além da feminização, juvenização e interiorização, o novo perfil da Aids revela também o que tecnicamente é chamado pauperização. Vice-coordenadora do Centro de Referência em Aids do Hélvio Auto, a enfermeira Lygia Antas disse que a utilização de medicamentos contra a impotência sexual, como o Viagra, explicam o avanço da Aids entre os idosos. Já as mulheres, principalmente donas-de-casa, são contaminadas por parceiros que costumam ter relações sexuais fora do casamento, inclusive relações homossexuais. A Aids avança também entre os jovens alagoanos que, segundo Lygia Antas, estão iniciando a vida sexual cada vez mais precocemente. “Por transarem como namorados, eles estabelecem uma relação de confiança e, por isso, não usam preservativo”, ilustra ela. Segundo a enfermeira, 70% dos pacientes do Hélvio Auto são do interior. A medicação anti-retroviral, popularmente chamada “coquetel”, deve ser ingerida com uma alimentação calórica, mas a maioria dos pacientes não tem condições de seguir essa recomendação.

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